Do realismo à caligrafia, conheça os trabalhos dos melhores tatuadores da cidade
No início do mês, o Tattoo Fest, primeiro festival de tatuagem de Campo Grande, ajudou a apontar o que há de melhor nessa arte por aqui. Em 17 categorias, o evento que teve a primeira edição este ano, ajuda a reconhecer grandes nomes da tatuagem sul-mato-grossense.
Quem levou mais prêmios foi o estúdio Kallel, do tatuador campo-grandense Kallel Henrique, de 27 anos. Ele e os amigos Diego Boeno e Thiago Leite venceram pelo talento no realismo e fechamento, cultura brasileira.
O primeiro prêmio para Kallel saiu para o desenho da Arlequina, vilã conhecida nas histórias em quadrinhos, executado no estilo realismo. Na mesma categoria, ele também levou o título de melhor do evento. "Foram quase 20 horas de trabalho", conta.
Com traços cheios de detalhes, Kallel saiu vencedor na categoria fechamento com uma homenagem super especial. No braço de amigo, surgiu a história de Elvis Presley.
Forte candidato desde o primeiro dia, Diego Boeno levou a melhor na categoria cultural brasileira. Com bugres, Manoel de Barros, capivaras e a Morada dos Baís, o corpo virou um painel de regionalidade.
Já Thiago Leite ganhou o segundo lugar na categoria Old School.
Tatuador há 8 anos, Otton Safraide foi premiado na categoria caligrafia. Tatuando a palavra "Resiliência", a escrita levou a melhor pela originalidade da letra e acabamento.
Também em segundo lugar, Otton ganhou com um desenho na categoria neo tradicional. "São desenhos que usam a mesma base do realismo, porém com mais degradê, traços internos e em volta da tatuagem", explica Otton.
Já o tatuador Fábio Oliveira Dias, conhecido como Fabinho, levou o segundo lugar na categoria fullcolors.
Com 12 anos de experiência, Alex Almeida, que trabalha com todos os estilos, levou a melhor na categoria comics. Com um desenho do Batman, ele até pensou em concorrer no realismo. "Gosto muito do oriental e realista, mas no fim das contas acabei escolhendo pelo desenho que também teve um pouco de realismo dentro", diz Alex.
Já na categoria maori tribal, o tatuador Karioka levou o segundo lugar. "É uma tatuagem característica pela etnia, traços fortes e a única cor que tem, o preto. Foram 18 horas fazendo e que valeu muito a pena", diz.