Feira São Chico volta a ocupar espaço público com arte, brechó e gastronomia
A proposta do evento é ocupar trecho do bairro São Francisco com entretenimento ao ar livre
Após dois anos de silêncio, a Feira São Chico voltou a ocupar o espaço público na tarde deste domingo (2), em Campo Grande. Na Rua 14 de Julho, seguindo a linha do trem, o evento deu às caras com arte, gastronomia e ensaio de Carnaval. À venda estava comida japonesa, salgadinhos, lanches, artesanatos, roupas de brechó, cosméticos naturais e livros.
A proposta do evento é ocupar trecho do bairro São Francisco com entretenimento ao ar livre – música, performance e intervenções artísticas ganham espaço na programação.
Organizadora, a empresária Camila Santana, de 35 anos, retornou com a feira no dia do seu aniversário. “Foi um presente para mim e para o bairro”, afirma. Ela diz que o retorno se deu diante de muitos pedidos. “Há muito tempo estão pedindo o retorno dela, então decidi começar no dia do meu aniversário para também dar força às mulheres que estão na informalidade”.
Para Camila, a feira tem significado por que sua família é uma das fundadoras do bairro. “Cresci nesse lugar e minha família tem uma ligação muito forte com ele desde a sua criação, por isso, eu não abro mão da feira por aqui”.
O desafio, segundo a organizadora, tem sido a burocracia para a autorização. “Ainda não temos alvará, está difícil conseguir”, afirma.
A feira é uma oportunidade de reunir amigos e conhecer novos trabalhos. Quem foi neste domingo encontrou aroma diferente com os sabonetes veganos da professora de Química Cristiane Cristaldo, 40 anos. Ela mudou a rotina há alguns anos depois que parou de utilizar desodorantes e sabonetes industrializados. “Tudo começou com uma alergia, depois, eu decidi mudar de vez para os produtos naturais, feitos com óleos e manteigas vegetais”, afirma.
Os colegas Victor Alvez, Gabriel Martins e Rodrigo Benevenito, estudantes de Artes Visuais, foram à feira apresentar a nova marca de camisetas. “É uma trabalho que traz linguagens de três artistas, com estilos diferentes, que optaram pela arte como forma de driblar o mercado tradicional”, afirma Rodrigo.
No retorno, além da programação gastronômica e artesanal, o público contou com ensaio aberto do bloco de Carnaval Evoé Baco, do Teatro Imaginário Maracangalha. Este ano, o bloco homenageia a democracia. “Aqui é um lugar histórico para a companhia, que sempre apresentou seu trabalho para a comunidade. Este ano temos a honra de homenagear a democracia, para afirmar o Carnaval como festa democrática, que carrega a liberdade de expressão para as ruas”, finaliza o diretor e ator Fernando Cruz.
A feira ainda não tem data marcada para a próxima edição.
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