Primeira noite atrai poucos foliões, mas alegria não faltou nas ruas da Capital
A primeira noite de Carnaval em Campo Grande começou com um pequeno número de foliões, mas com muita animação nas ruas da Capital. O antigo e famoso bloco do Fubá, que agora é bloco do Pequi, reuniu servidores públicos que se concentraram no Armazém Cultural, e seguiram pelas ruas do centro da cidade, acompanhados de um trio elétrico que tocava marchinhas de Carnaval, até a Praça do Rádio Clube, onde prestigiaram um show com músicas de Carnaval.
A funcionária pública Lucimeire Santana, 41 anos, que há cinco anos participa do bloco, acredita que a falta de participantes foi consequência da pouca divulgação do evento. Ela estava acompanhada da colega Maria Luica, 55 anos, que não importou muito para a quantidade de pessoas. “Não importa a quantidade das pessoas, para você ver estou mais animada do que o ano passado”, enfatizou.
Leslie Lidiane, 28 anos, que participa pela quarta vez do bloco, aprovou o novo nome. “Acredito que o importante é manter a tradição da festa independente da troca de nome. Este ano não atingimos a mesma proporção que o ano passado, mas apesar disso, o público ainda está bem animado”, destacou.
O servidor público, Rubílio de Castro, 44 anos, que desde 2008 participa do bloco, afirmou que nos anos anteriores foi disponibilizado pela organização do evento, um abada que vinha com o uniforme do bloco, o que ajudava na identificação. “Antes tudo era mais organizado. Eles ligavam para casa setor público e perguntavam se queríamos participar. Se a resposta fosse sim, dávamos o número da camiseta para sair na rua”, desabafou.
Outro bloco que embalou a primeira noite de Carnaval na Capital, foi o do bar Rockers, que pelo terceiro ano consecutivo realiza o evento. O ponto de aglomeração escolhido pelos organizadores foi a Esplanada da Ferroviária. Os foliões homens se vestiram de mulher e brincaram com os motoristas que passavam pela rua Calógeras. O nome da brincadeira, “Limpeza de Farol Sensual”, já diz tudo, os meninos que viraram “meninas” limpavam os carros para ganhar alguns trocados e comprarem bebidas. A música alta de um carro de som embalava os foliões que não paravam de dançar. As pessoas estacionaram os veículos e ficavam sentadas no porta-malas apreciando a festa.
O criador do bloco e proprietário do bar, Diego Manciba, morava em Corumbá, a 419 km de Campo Grande, e há 15 anos está na Capital. Muito ligado ao Carnaval, ele ajudava por aqui a organizar um bloco de Corumbá. Foi aí que ele teve uma “sacada”, percebeu que poderia trazer a alegria do Carnaval corumbaense para os campo-grandenses. “Montei o bloco com uma expectativa maior de público, mas o atraente do Carnaval não é quantidade e sim brincadeira que proporcionamos”, salientou.
O analista de sistemas, Charles Michel, 33 anos, que passava pela Calógeras, ficou curioso e teve que parar para prestigiar a alegria do bloco. “Achei muito engraçado os meninos brincando de ser mulher. Dá próxima vez quero trazer minha esposa para assistir.
A zootecnista, Marlova Mioto, 27 anos, emprestou a caminhonete para as amigas levarem o isopor de bebidas na carroceria. Não adiantando, elas acabaram levando um freezer. Juntas dividiram a conta do gelo e das bebidas e fizeram a alegria na primeira noite de Carnaval.