Projeto "Música de Jardim" abre espaço para quem quer mostrar trabalho autoral
Vira e mexe os produtores culturais de Campo Grande buscam alternativas para divulgar os artistas daqui. E assim, com a ideia de mostrar o trabalho de quem produz musica autoral em Campão, nasceu o “Música de Jardim”, um projeto que pretende levar para o jardim do Brecharia apresentações musicais.
A primeira edição começará junto com ao por do sol do dia 4 de outubro. Às 17h, os cantores Leandro Perez, Ju Souc e Bianca Bacha devem iniciar o som. “O legal é que eles vão cantar juntos e fazer um show único, em vez de cada um apresentar o seu trabalho”, explica a produtora do evento, Marylu Garcia, de 27 anos. A apresentação tem a proposta de misturar estilos, com composições dos três artistas e também algumas versões de sucessos.
A vozes representam a nova safra de talentos da música campo-grandense autoral e vão ser acompanhados por uma banda de peso, Sandro Moreno na bateria, Gabriel Basso nas guitarras e Alex Cavalheri nos teclados. O evento foi feito pensado em quem quer sair de casa para consumir música.
“Não é uma balada, é uma opção cultural mais leve, um pouco mais intimista e aconchegante, por isso a gente escolheu esse horário”, explica Bruna Fernandes de 25, empresária, dona do brechó Brecharia.
Esse não é o primeiro evento realizado no brechó, que já abrigou eventos de música black e lançamentos de coleções de roupas, casados com exposições fotográficas, além de apresentações de teatro. Mas esse é o primeiro em que o foco principal é fomentar a produção musical da cidade.
“ Quando eu abri a loja, já tinha a ideia de apresentar para a cidade propostas diferentes. Nós temos muitos talentos aqui, que ainda não são conhecidos”, comenta Bruna. Até agora, oito projetos culturais foram promovidos no local e a cada dois meses um evento novo acontece.
A ideia agora é expandir o projeto, que pretende ter novas edições com outros músicos de Campo Grande.
O encontro no jardim do Brecharia acaba sendo uma via dupla de satisfação. De uma lado, o público ganha uma opção a mais para curtir o entardecer de sábado, e do outro os músicos tem espaço para apresentarem o trabalho autoral.
“Quem faz show à noite consegue tocar uma ou duas músicas autorais durante a apresentação. Os artistas que estão começando acabam tendo que misturar covers para agradar ao público e poucos conseguem fazer um show só com músicas autorais. A gente está abrindo um espaço para quem quer consumir música”, reforça Marylu.