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Lado Rural

GPS agrícola segue na dianteira como objeto de desejo de criminosos em MS

Delegado recomenda ações preventivas na zona rural para evitar furtos, durante Circuito Aprosoja/MS

José Roberto dos Santos | 19/05/2023 11:35
Exemplo de GPS agrícola que vem sendo visado por quadrilhas em MS. (Foto: Arquivo/Mais Soja)
Exemplo de GPS agrícola que vem sendo visado por quadrilhas em MS. (Foto: Arquivo/Mais Soja)

Durante a etapa individual do Circuito Aprosoja/MS em Dourados (MS), cidade a cerca de 230 km de Campo Grande, o titular da Deleagro (Delegacia Especializada de Combate a Crimes Rurais e Abigeato), Mateus Zampieri Nogueira, apresentou os crimes mais comuns nas áreas rurais de Mato Grosso do Sul. Apesar da queda no volume neste ano, abigeato e furto de GPS agrícola seguem entre as ocorrências mais frequentes. O evento aconteceu durante a Expoagro, nesta quinta-feira (18).

No primeiro trimestre de 2022 a Deleagro registrou 77 ocorrências de abigeato em Mato Grosso do Sul, volume menor do que o registrado no mesmo período deste ano, que somou 42 ocorrências, uma redução de 46%. No caso dos furtos de GPS agrícola, em todo o ano de 2022 foram 27 ocorrências, já neste ano, até o momento, o volume é de 4 ocorrências. “A redução drástica se deve à identificação e prisão de integrantes de quadrilhas especializadas neste tipo de furto. Com as prisões realizadas, os crimes praticamente cessaram”, explica Zampieri, ao sinalizar que chegou ir à São Paulo, prender integrantes da quadrilha.

Delegado Mateus Zampieri Nogueira, titular da Deleagro: "abigeato e furto de GPS ainda lideram ocorrências". (Foto: Geliel Oliveira/Agro Agência)
Delegado Mateus Zampieri Nogueira, titular da Deleagro: "abigeato e furto de GPS ainda lideram ocorrências". (Foto: Geliel Oliveira/Agro Agência)

Entre os atos preventivos necessários, sugeridos pelo delegado, está a dificuldade de acesso aos equipamentos. “O GPS, que fica na máquina agrícola, conjunto de antena e monitor, tem um processo de montagem e desmontagem muito fácil. É fundamental que o produtor rural dificulte o acesso. Quando não estiver em uso, retire, guarde na sede ou na cidade”, recomenda Zampieri.

Para a diretora da Aprosoja/MS, Malena May, é fundamental que os agricultores se atentem aos riscos, principalmente àqueles que estão nas proximidades da fronteira. “É um desafio imenso manter a propriedade rural segura. Esse risco aumenta quando a fazenda está em uma área de divisa, correndo o risco do objeto furtado ir para outro país em questão de minutos. A Aprosoja/MS tem trabalhado para se aproximar cada vez mais da polícia civil, criando uma rede entre os produtores e a polícia, a fim de diminuir riscos e aumentar a velocidade na solução de problemas”.

Dicas de segurança

Entre as dicas que o delegado enfatizou aos produtores rurais que participaram do Circuito Aprosoja/MS, está o controle de acesso à propriedade rural, com anotação de número da placa e nome completo, incluindo dos fornecedores. Sensor de presença, veículos e maquinários em galpões fechados, bens assegurados foram outras dicas da Delegacia. Por fim, os produtores rurais foram recomendados a evitar situações como: elevado volume de dinheiro na propriedade rural, mesmo em época de pagamento, informações excessivas em mídias sociais, nome da família na placa da fazenda e marca do gado adesivada em camionetes.

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