Arara que teve penas arrancadas levará 1 ano para se recuperar
Ave foi resgatada no domingo em Nioaque; no Cras, ela passou por exames, foi alimentara e será reabilitada
A arara-canindé que foi resgatada com quase todas a penas arrancadas, passará uma temporada de pelo menos 1 ano no Cras (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) em Campo Grande para se recuperar e poder voltar para a natureza. A estimativa é do veterinário Lucas Cazati.
A ave foi abandonada dentro de uma caixa num terreno baldio na cidade de Nioaque, distante 179 quilômetros de Campo Grande. De acordo com informações da PMA (Polícia Militar Ambiental), por volta das 16h30 de domingo (19), moradores acionaram equipe depois de encontrar o animal.
Segundo o veterinário do Cras, a arara é adulta e não foi domesticada. A ave passou por exames que não identificaram outras doenças. Ela estava faminta.
O profissional concluiu que as penas da arara foram arrancadas. “Há casos de aves submetidas a estresse severo que acabam arrancando algumas penas, mas não todas como aconteceu com essa. Ela não teria como tirar penas da parte de trás da cabeça”, afirmou por meio da assessoria de imprensa da Semagro (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
O veterinário acrescentou que a extração das penas provoca um sofrimento imenso na ave. “Quando a gente precisa extrair uma pena para fazer exames, aqui, isso é um procedimento doloroso demais. O bicho demonstra muita dor”, disse Lucas Cazati.
Penas de animais com a plumagem colorida são usadas como enfeites e em rituais religiosos. Ainda segundo o veterinário, as araras são animais de fácil captura e por isso acabam sendo as vítimas recorrentes desses tipos de crime.