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Meio Ambiente

Do alto, corredor de fumaça e fogo transforma paisagem em Campo Grande

Registro aéreo mostra um dos incêndios que devastam áreas no Estado

Por Silvia Frias | 08/09/2024 18:38
Flagrante feito a poucos minutos da chegada a Campo Grande (Foto: Lucimar Couto)
Flagrante feito a poucos minutos da chegada a Campo Grande (Foto: Lucimar Couto)

Do alto, a paisagem a caminho de Campo Grande mostra a desolação provocada pelos incêndios que se propagam pelo Estado. Flagrante feito de voo que saiu de São Paulo mostra o corredor de fumaça formado pelas chamas que se propagam em área rural da cidade.

O registro foi feito neste domingo, por volta das 17h40, a poucos minutos antes da aterrissagem do voo Latam 3176, que saiu do Aeroporto de Congonhas.

Campo Grande tem sentido os efeitos da seca prolongada, com umidade relativa do ar abaixo dos 10%, sendo que o mínimo ideal preconizado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) é de 60%. Na última semana, a população conviveu com a fumaça que veio dos incêndios de Corumbá e Bolívia, névoa trazida na frente fria que passou pelo Estado.

Somente este mês, Mato Grosso do Sul registrou 633 focos de incêndios, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Destes, 302 se concentram no Cerrado, 238 no Pantanal e 93 na Mata Atlântica. No Pantanal, já foram devastados 25,47 milhões de hectares em MT e MS, o que representa 16,88% da área total do bioma.

Área consumida pelas chamas, em flagrante deste domingo (Foto: Lucimar Couto)
Área consumida pelas chamas, em flagrante deste domingo (Foto: Lucimar Couto)

Na última live da Operação Pantanal, a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de proteção ambiental do Corpo de Bombeiros alertou para o risco à população em geral para ocorrência dos incêndios que também são registrados na área urbana e transformam a paisagem e a qualidade do ar, agora, mais seco e poluído.

A previsão é que somente terá chuva em outubro, ainda assim, abaixo da média. O titular da Semadesc (Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Verruck já alertou para as consequências do fogo para o resultado negativo para as atividades econômicas, como agropecuária e transporte hidroviário.

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