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Meio Ambiente

Filhotes de veado e anta com queimaduras recebem tratamento em Campo Grande

Animais, agora órfãos, são vítimas dos incêndios florestais que atingem Mato Grosso do Sul

Por Cassia Modena | 07/08/2024 07:48
O filhote de veado que foi resgatado no Pantanal de Corumbá (Foto: Álvaro Rezende/Governo de MS)
O filhote de veado que foi resgatado no Pantanal de Corumbá (Foto: Álvaro Rezende/Governo de MS)

Um filhote de veado e outra de anta que tiveram queimaduras em meio aos incêndios florestais que atingem Mato Grosso do Sul, passam bem e recebem cuidados no CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) de Campo Grande. Eles são dois órfãos, agora.

O veado foi resgatado no início deste mês por brigadistas indígenas do PrevFogo/Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), entre Bonito e Bodoquena.

As patinhas e o focinho apresentavam sinal de queimaduras quando ele foi salvo. Hoje, está sem lesões aparentes. O animal é alimentado com madeiras de leite, dia e noite, pelos veterinários do CRAS. A expectativa é que fique no local até atingir a fase adulta.

Já a anta teve queimaduras mais graves nas quatro patas e demonstra ainda sentir dor. O filhote habitava região localizada no Pantanal de Corumbá e também foi resgatado no início deste mês.

"Ela perdeu até os casquinhos dos dedinhos devido a gravidade das queimaduras. Está a base de tramadol e morfina por causa da dor. Tem um pouco de dificuldade para se alimentar, é normal da dor. O animal fica arredio para comer", explica o médico veterinário Marcelo Aparecido.

Antes de chegar ao CRAS, a anta passou pelo RARAS (Recinto de Amparo e Reabilitação de Animais Silvestres) de Bonito.

O filhote de anta quando foi resgatado, entre Bonito e Bodoquena (Foto: Divulgação)
O filhote de anta quando foi resgatado, entre Bonito e Bodoquena (Foto: Divulgação)

Incêndios - Mais de um milhão de hectares foram queimados desde o início deste ano só no Pantanal, de acordo com dados do Lasa-UFRJ (Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro). Os biomas Cerrado e Mata Atlântica também registram incêndios de grandes proporções.

As chamas ativas hoje (7) e que inspiram maior preocupação, atingem a região de Miranda. Elas iniciaram no Pantanal da Nhecolândia no mês passado, num caminhão que atolou e pegou fogo.

Matéria editada para corrigir informações sobre o local de resgate dos animais.

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