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Meio Ambiente

Investigação sobre fogo na Serra do Amolar terá análise de imagens de satélite

Incêndio se prolongou por quatro dias e destruiu 1.289 hectares no Pantanal

Por Aline dos Santos | 11/03/2024 10:05
Incêndio destruiu área de proteção na Serra do Amolar, no Pantanal. (Foto: Reprodução)
Incêndio destruiu área de proteção na Serra do Amolar, no Pantanal. (Foto: Reprodução)

O incêndio que destruiu 1.289,67 hectares em área de proteção da Serra do Amolar, região bela e remota do Pantanal, mais próxima a Mato Grosso, segue em investigação pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

Depois de abrir notícia de fato (procedimento inicial), agora foi instaurado um inquérito civil. Uma das etapas é avaliação das imagens de satélite. Fiscalização da PMA (Polícia Militar Ambiental) já resultou em aplicação de multa de R$ 9,6 milhões ao fazendeiro Roberto Carlos Conceição de Arruda. Ele nega ter colocado fogo na vegetação.

Conforme o auto de infração do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS), no dia 1º de fevereiro, equipe da PMA seguiu em missão fluvial pelo Rio Paraguai até à Serra do Amolar. Por georreferenciamento, verificou-se a coordenada geográfica de onde o fogo começou e constatou-se que ficava a 400 metros da Pousada Dois Corações. A queimada foi em APP (Área de Preservação Permanente).

Distância de 400  metros entre a pousada e o ponto de ignição. (Foto: Reprodução)
Distância de 400  metros entre a pousada e o ponto de ignição. (Foto: Reprodução)

Apesar da negativa do dono da pousada, o incêndio foi imputado a ele porque não há outra propriedade tão perto do ponto de ignição de incêndio e Roberto é dono de gado, portanto, na análise da PMA, teria interesse na renovação e ampliação do pasto. Também foi registrado Boletim de Ocorrência pela PM

O promotor Pedro de Oliveira Magalhães, da 2ª Promotoria de Justiça de Corumbá, solicitou apoio do Nugeo, o Núcleo de Geotecnologias do Ministério Público, para análise das imagens de satélite do imóvel rural Pousada Dois Corações.

No prazo de dez dias, o proprietário deve apresentar informações e documento, em especial eventuais autorizações ambientais. O fogo começou em 27 de janeiro e se estendeu até o dia 31 daquele mês. A multa tem como base o Decreto Lei 6514/ 08 (dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente).

O MPMS atua porque o desrespeito ao meio ambiente pode dar ensejo à responsabilização criminal. A reportagem tentou contato com Roberto Carlos Conceição de Arruda, mas não obteve resposta.

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