Após incêndios, poças d'água são refresco para animais da Serra do Amolar
Armadilhas fotográficas registram a presença dos animais
Um crime ambiental resultou na queima de aproximadamente 1,2 mil hectares de vegetação da Serra do Amolar, em Corumbá, de janeiro a fevereiro, mas armadilhas fotográficas mostram a resiliência da natureza. Poças d'águas se tornaram ponto de encontro dos animais, que, aos poucos, voltam para a área cinzenta consumida pelo fogo.
No registro, feito pela Brigada Alto Pantanal, grupo de combate a incêndios do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), é possível visualizar um mão-pelada, mamífero que faz parte da família dos quatis, brincando com a água e uma anta tomando banho. Segundo a instituição, foram encontradas a presença desses animais cerca de 15 dias após o monitoramento ambiental.
Para o médico veterinário do IHP, Geovani Tonolli, toda região ainda possui muitos sinais de queimada, que merecem monitoramento de perto e detalhado, mas a natureza persiste e os sinais de vida já são nítidos.
"As árvores predominam no local são de Cerrado, que são mais resistentes e, mesmo queimadas, mas há sinais que estão brotando novamente. Sobre os animais, ainda não sabemos quais espécies são, quais horários que elas estão passando ou usando essas regiões, mas com recurso hídrico a região vai chamar muito a atenção”, explica o veterinário.
Em 5 de fevereiro, a PMA (Polícia Militar Ambiental) autuou em R$ 9,6 milhões o proprietário rural apontado como responsável pelo início das chamas, que se espalhou e destruiu a vegetação por quase cinco dias.
(*) matéria editada às 10h42 de segunda-feira (26) para correção de informação.
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