Pantanal tem cinco incêndios ativos; mais preocupante entra na 3ª semana
Brigadistas se empenham em apagar chamas que podem avançar sobre comunidades ribeirinhas e Serra do Amolar
Incêndio que avança sobre a região do Paraguai-Mirim, no Pantanal de Corumbá, chega hoje (13) à terceira semana. Ele começou um dia antes do feriado de Corpus Christi (30 de maio) e segue ativo, gerando muita fumaça e obrigando escolas que atendem comunidades ribeirinhas a suspenderem as aulas.
As informações são do presidente do IHP (Instituto Homem Pantaneiro), Ângelo Rabelo. A entidade trabalha junto ao Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul e ao PrevFogo do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) no combate às chamas que atingem, pelo menos, cinco regiões do Pantanal sul-mato-grossense neste momento, de acordo com a corporação militar.
Rabelo explica que o incêndio nas áreas do Paraguai-Mirim é o que mais preocupa o IHP pelo risco à saúde respiratória dos ribeirinhos e a possibilidade de chegar à Serra do Amolar, região pantaneira que ganhou o título de santuário da biodiversidade e Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
"Perdemos EPIs (equipamentos de proteção individual) e tivemos que descer até a base para comprar novos, mas seguimos atuando em 10 brigadistas. Se vier um vento sul, pode perder o controle e se espalhar, o que esperamos que não aconteça", descreve Rabelo.
Enquanto busca auxílio de profissionais de saúde para atender os moradores das comunidades, o IHP também está também na Fazenda Santa Tereza, em Corumbá. Por lá, o fogo é de menor proporção e os brigadistas acreditam que a extinção está próxima.
Bombeiros - A assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros informou que 86 militares estão distribuídos entre 13 bases avançadas para combater os incêndios de forma direta ou indireta, com atividades de monitoramento e prevenção.
Agora, o combate ao fogo se concentra em Coxim e Porto Murtinho, e também na Paraguai-Mirim e no Forte Coimbra.
Aeronave militar sobrevoa diferentes áreas em busca de novos focos de incêndio. O trabalho aéreo também ajuda no monitoramento dos que já estão em combate.
Hoje pela manhã, a aeronave sobrevoou as proximidades da cidade de Corumbá e foi visto foco de incêndio na região da Ilha do Pescador, que é alagada e de difícil acesso. "De modo a preparar a equipe para infiltração para realizar o combate", afirmou a assessoria.
Ontem (12) à noite, a guarnição esteve em uma Terra Indígena na região do Apa, em Bela Vista, informou ainda o Corpo de Bombeiros.
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