Riedel adverte para manter vigilância apesar da redução de incêndios no Pantanal
Os incêndios florestais no Pantanal se concentram entre os meses de agosto e outubro, com um pico em setembro
Após uma semana de temperaturas baixas, chuvas e intensos esforços de combate, os incêndios no Pantanal recuaram. No entanto, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (16) em Corumbá, a 420 quilômetros de Campo Grande, o governador Eduardo Riedel (PSDB) pediu que as autoridades mantenham o alerta ligado e continuem mobilizadas, pois os meses de agosto e setembro devem ser ainda mais críticos.
Dados levantados até ontem (14) indicam que, dos 55 incêndios observados, 31 foram extintos e 24 ainda estão ativos, dos quais 22 estão controlados e apenas 2 permanecem fora de controle. De 1º de janeiro a 14 de julho de 2024, foi queimada uma área entre 587.600 hectares e 778.175 hectares no Pantanal, representando de 3,9% a 5,15% do bioma. Na última semana (8 a 14 de julho), houve um incremento de 2.425 ha em área queimada.
“Não vamos nos desmobilizar, foi mostrada a curva verde que estabilizou, mas nós temos pela frente o famoso mês de agosto e também setembro e vamos estar muito atentos e, se depender de nós e todos aqui, vamos nos manter mobilizados para que a gente saia daquilo que seria a pior tragédia ambiental no Pantanal da história, porque as condições estavam formadas para isso, para ser pior do que a de 2020, que a gente saia com uma grande lição de união, integração, solidariedade e de capacidade de trabalhar em conjunto”, afirmou o governador Eduardo Riedel.
Historicamente, os incêndios florestais no Pantanal se concentram entre os meses de agosto e outubro, com um pico em setembro por conta da estiagem. Com isso, a vegetação torna-se mais seca e inflamável, criando condições propícias para ocorrência de propagação de incêndios florestais.
“Esse é um momento que a gente pode até celebrar, mas é inicial. Temos que manter as bases, mesmo agora tendo 56% dos incêndios extintos. Vai vir uma onda de calor, vamos nos manter mobilizados para salvar a biodiversidade”, ressaltou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.