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Meio Ambiente

Cenário favorável: apenas 2 focos de incêndios no Pantanal estão sem controle

Atuação de forças de combate, aliada a chuvas e temperaturas baixas contribuiu para redução dos focos

Por Jhefferson Gamarra | 16/07/2024 13:55
Brigadistas do Prevfogo/Ibama combatem incêndios na região de Corumbá/MS (Foto: Fernando Donasci/MMA)
Brigadistas do Prevfogo/Ibama combatem incêndios na região de Corumbá/MS (Foto: Fernando Donasci/MMA)

Após uma semana de temperaturas baixas e períodos de chuva, os incêndios no Pantanal recuaram, trazendo um cenário mais favorável. Em coletiva realizada nesta terça-feira (16), o Secretário Nacional do MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima), André Lima, apresentou números que apontam a redução e o controle dos focos de incêndio no bioma.

De acordo com o secretário, de 1º de janeiro a 14 de julho de 2024, foi queimada uma área entre 587.600 hectares e 778.175 hectares no Pantanal, representando de 3,9% a 5,15% do bioma. Na última semana (8 a 14 de julho), houve um incremento de 2.425 ha em área queimada.

Dados levantados até ontem (14) indicam que, dos 55 incêndios observados, 31 foram extintos e 24 ainda estão ativos, dos quais 22 estão controlados e apenas 2 permanecem fora de controle.

Secretário Nacional do MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima), André Lima, em coletiva de imprensa (Foto: Reprodução)
Secretário Nacional do MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima), André Lima, em coletiva de imprensa (Foto: Reprodução)

“Estamos atuando e monitorando 55 incêndios. 31 foram extintos e 24 são considerados ativos, dos quais 22 estão controlados, ou seja, não vão se expandir mais e o trabalho é extinguir. Estamos usando um método bastante rigoroso que tem que passar pelo menos 10 dias sem visualizar foco para considerar extinta, então 56% está extinta e 40% controlado e 4% ativos”, afirmou o secretário.

Do total da área queimada, 85% são áreas privadas e outras; 7,4% são terras indígenas; 4,8% unidades de conservação federal; 1,4% unidades de conservação estaduais; e 1,4% Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs).

Atualmente, 832 profissionais do Governo Federal estão atuando nos combates aos incêndios: 420 das Forças Armadas (Operação Pantanal II), 311 do Ibama e ICMBio, 71 da Força Nacional de Segurança Pública, e 30 do DNIT, PF e Defesa Civil.

“Temos recursos humanos e materiais suficientes para dar enfrentamento aos incêndios no nosso Pantanal. As aeronaves do Ministério da Defesa estão ajudando muito, não vamos deixar que os incêndios cresçam. Hoje temos estrutura para dar resposta para os pantaneiros e para o Pantanal”, frisou o coronel do Corpo de Bombeiros, Adriano Noleto Rampazo.

O combate aos incêndios conta com um crédito extraordinário de R$ 137,6 milhões, conforme a MP nº 1.241, distribuídos da seguinte forma:

  • R$ 72,3 milhões para o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (R$ 38,1 milhões para o Ibama e R$ 34,1 milhões para o ICMBio);
  • R$ 59,7 milhões para o Ministério da Defesa;
  • R$ 5,7 milhões para o Ministério da Justiça e Segurança Pública (R$ 3,7 milhões para a PF e R$ 2 milhões para a FNSP).

Além disso, medidas provisórias foram adotadas para acelerar a contratação de brigadistas (MP nº 1.239) e facilitar a atuação de aviões estrangeiros no combate aos incêndios (MP nº 1.240).

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