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Lado Rural

Preço do bezerro estabiliza e indica redução da oferta em MS

Indicadores da Famasul e Cepea confirmam que preço do animal de reposição vem reagindo em julho

Por José Roberto dos Santos | 15/07/2024 15:25
Bezerros recém-nascido em propriedade rural; nascimentos em MS acontecem entre julho e setembro. (Foto: Divulgação)
Bezerros recém-nascido em propriedade rural; nascimentos em MS acontecem entre julho e setembro. (Foto: Divulgação)

A crescente oferta de animais no mercado levou a diminuição da cotação dos preços em Mato Grosso do Sul. Comparando com maio de 2024, desde o pico, com abril de 2021, o preço do bezerro diminuiu 33%. Já o valor da arroba, que teve seu valor máximo observado em março de 2022, diminuiu 34%.

Em 2024 o preço da arroba do boi segue se desvalorizando, desde janeiro o preço diminuiu em 9%, contudo o preço do bezerro está estabilizado, variou 0,2% desde janeiro de 2024. Essa estabilidade no preço do bezerro pode indicar um início da diminuição da oferta de bezerros no mercado, resultado do grande abate de fêmeas nos últimos anos. A análise é do Boletim Casa Rural Sigabov, publicado em julho, produzido pela equipe técnica da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS).

A crescente oferta de animais para o abate pressiona os preços da arroba para baixo. Em maio de 2024 foram abatidos 68,89% mais machos e 25,30% mais fêmeas do que no mesmo período em 2023. O aumento no abate de fêmeas reduz, por consequência, a produção de bezerros nos anos seguintes.

Cepea confirma reação do mercado

O preço do bezerro pesquisado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) em Mato Grosso do Sul, confirma que o valor do animal de reposição interrompeu uma sequência de quedas e começou a sofrer valorização na última semana.

O Cepea pesquisa bezerro desmamado, macho, nelore, com idade entre 8 e 12 meses; valores coletados se referem a negócios realizados no mercado físico – preços ao produtor. Para isso, o centro divide o MS em cinco regiões: Três Lagoas, Campo Grande, Dourados, Pantanal e Cassilândia, entrevistando pecuaristas, escritórios de compra e venda de gado, corretores e leiloeiras.

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O Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo, colocando no mercado internacional cerca de 23% da produção nacional. Em 2023, Mato Grosso do Sul ficou em sexto (6°) lugar no ranking entre os estados com maiores volumes de exportação de carne bovina, totalizando 211,5 mil toneladas. Os principais destinos da produção sul mato-grossense foram China, Chile e EUA.

Em 2023, o PIB (Produto Interno Bruto), indicador econômico que revela todas as operações de uma atividade, gerou R$ 35 milhões na agropecuária sul-mato-grossense. No cenário estadual, o montante representa 25% do PIB e em nível nacional, equivale a 7,2%.

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