"Se o problema sou eu, deixo o comando do PP", anuncia Bernal
Ex-prefeito disse que vai pedir licença do cargo após o feriado e repassar comando ao deputado Evander Vendramini (PP)
Após sofrer críticas e pressão, o ex-prefeito Alcides Bernal (PP) anunciou nesta tarde (17), que vai deixar a presidência regional do PP e passar o comando ao deputado estadual, Evander Vendramini (PP). “Se o problema sou eu, deixo o comando do partido”, disse ele.
Bernal revelou ao Campo Grande News que vai pedir licença da presidência do partido, logo após o feriado desta semana, e que não pretende disputar o comando da legenda, em eleição marcada para agosto. “Não vou sair da legenda, mas não irei disputar nenhum cargo, se eles pediram minha saída, então vou conceder esta oportunidade”.
O ex-prefeito vem recebendo críticas dos vereadores do PP em Campo Grande, além dos deputados estaduais do partido, sobre a falta de “planejamento” e “reuniões” para organizar a legenda, para as eleições municipais de 2020. Nos bastidores houve até pedido à direção nacional, para mudança do comando no Estado.
“Vou protocolar minha licença do cargo e repassar a presidência ao Evander (Vendramini). Eles foram a Brasília pedir minha saída, então até a eleição (agosto), vou deixar o cargo. Agora poderão trazer novas lideranças e organizar a legenda”, garantiu.
Bernal disse que não concorda com as ações políticas dos vereadores e deputados estaduais do PP, porque segundo ele, estão na base do prefeito e do governador. “Nos dois casos não foram cumpridos os compromissos com o partido, mas eles seguem apoiando”.
O ex-prefeito teve um revés na eleição passada, quando mesmo tendo 46 mil votos, foi considerado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), por ter sido cassado em 2014, pelos vereadores de Campo Grande, quando estava a frente da gestão municipal. Ele não conseguiu reverter esta decisão na Justiça.
Chapa – O deputado Evander (Vendramini) já tinha anunciado que montaria uma chapa de oposição a Bernal, na eleição de agosto. Ele até iria pedir a vinda de um representante da direção nacional para acompanhar o pleito e assim garantir a “lisura” do processo.
Evander tinha declarado que esta chapa não havia definido o “candidato a presidente” e que estaria construindo parcerias dentro da legenda, com lideranças da Capital e do interior. Entramos em contato com o deputado, mas até o fechamento da reportagem, ele não atendeu as ligações.