Bancada federal, governo e prefeitos se reúnem para tratar de corte de emendas
Mato Grosso do Sul pode ficar sem R$ 57 milhões de recursos discricionários voltados a projetos estruturantes
No final da manhã desta segunda-feira (26) a bancada federal de Mato Grosso do Sul se reuniu com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), secretário de Obras e Infraestrutura, Eduardo Riedel e outros dez prefeitos para discutir as emendas que estão ameaçadas pelos cortes no orçamento da União de 2021. Só o Estado pode ficar prejudicado em R$ 57 milhões que seriam destinados a projetos estruturantes.
Segundo Azambuja, a videoconferência com os representantes do Congresso Nacional e das prefeituras interessadas é fundamental para somar esforçar e analisar saídas para a situação. “Importante agradecer a parceria e a união da bancada que colocou Mato Grosso do Sul acima de qualquer outro interesse”, destacou.
Dentre as prefeituras participantes estavam as que seriam atendidas com recursos do Fundersul. São elas: Sidrolândia, Naviraí, Nova Andradina, Aquidauana, Maracaju, Paranaiba, Amambai, Rio Brilhante, Coxim e Caarapó.
O coordenador da bancada, senador Nelsinho Trad (PSD) explicou que o corte foi geral em todos os estados do Brasil e afetaram os recursos discricionários, aqueles que não são executados obrigatoriamente.
“No caso da bancada federal de Mato Grosso do Sul, o veto do Executivo impacta em R$ 57 milhões de recursos discricionários que seriam destinados ao projeto Sul-fronteira, pesquisa desenvolvimentos e inovação em saúde e a infraestrutura urbana. Ao mesmo tempo, essas áreas estão contempladas por recursos obrigatórios que a bancada conquistou e que não foram cortados. Ao todo, R$ 270, 4 milhões. E apesar dos cortes, a busca por recursos continua por meio de projetos de lei de crédito e medidas provisórias”, completou Trad.
Apesar da senadora Simone Tebet (MDB) e do deputado federal Luiz Ovando (PSL) discutirem mudanças de estratégia na questão da vacinação contra a covid-19, com o intuito de atender outras faixas etárias, o governador voltou a afirmar que o Estado vai seguir o PNI (Plano Nacional de Imunização) do Ministério da Saúde.
O encontro também serviu para que os municípios pedissem ajuda para infraestrutura local, já que ficarão prejudicados no repasse de recursos. O acordo é enviar uma média de R$ 10 milhões para cada uma das cidades prejudicadas com o corte das emendas. O valor correto ainda será analisado pelo Executivo.