Bernal vê Delcídio “distante” e diz que “classe política” não o quer
Em tom de desabafo, o prefeito Alcides Bernal (PP) admitiu que sua administração, hoje, nada tem a ver com o senador Delcídio do Amaral (PT), assegurando inclusive que foi pessoal a escolha de Pedro Chaves (PSC) como secretário de Governo. O progressista também declarou esta tarde, enquanto aguardava o ex-presidente Lula, no Grand Park Hotel, que os políticos estão numa cruzada contra ele.
“Delcídio não tem compromisso nenhum com nossa administração. É totalmente distante. Ele não tem culpa, se nossa administração for mal, assim como se for bem também não tem crédito em relação a isso”, afirmou o prefeito da Capital esta tarde.
Indagado se a escolha de Pedro Chaves para a Secretaria Municipal de Governo não teria o dedo do senador Delcídio ou do deputado estadual Jerson Domingos (PMDB), o prefeito respondeu: “Não foi indicação de Delcídio, não foi sugestão do Jerson. Eu cogitei o nome dele”. Em seguida, enalteceu as qualidades de Chaves. “Ele é credenciado pelos segmentos organizados da sociedade, já prestou serviços relevantes e se dispôs a encarar esse desafio em favor de Campo Grande”, elogiou.
Voltou, logo após, a dizer que Delcídio não tem nenhuma vinculação com seu governo. “Delcídio tem de ter tranqüilidade de não se preocupar comigo. Pode se desvincular. Ele tem de confiar no taco dele”, disse. “Independentemente de apoio dele, ou não, sigo trabalhando. Não tenho medo de enfrentar desafios. Estou garantindo economia nos contratos da prefeitura, fazendo o que é correto, não permitindo quebra de continuidade na prestação dos serviços à população”.
O problema, segundo Bernal, é que até hoje seus adversários da eleição passada continuam com a perseguição e agora ameaçam cassar o seu mandato, obtido nas urnas. “Estou enfrentando um tiroteio. A classe política não me quer”, constatou o prefeito.
Além de destacar que gastou menos e realizou mais em várias áreas da administração municipal, Bernal disse que tem ainda “garantia de projetos importantes que vão se transformar em obras”. Informou que todos os convênios estão em dia e que as obras paralisadas agora em plena execução. “Escolas estão funciona, a saúde funciona, mas é claro tem seus problemas, a coleta de lixo é feita, tem água tratada, esgoto, iluminação, ruas estão sendo encascalhadas; não existe salário atrasado, pago sempre no dia 1º”, finalizou.