Deputado diz que falta efetivo para combater violência de gênero
Caravina apontou que o atendimento falhou e que o histórico do agressor deveria ter sido levado a mais sério
O feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, trouxe à tona um debate sobre a estrutura de segurança pública e a eficácia das medidas protetivas para vítimas de violência doméstica. O deputado Pedro Arlei Caravina (PSDB), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e ex-delegado de polícia, comentou o caso e destacou tanto a falta de estrutura das forças de segurança quanto as falhas específicas no atendimento à Vanessa.
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O feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, reacendeu o debate sobre a segurança pública e a eficácia das medidas protetivas. O deputado Pedro Arlei Caravina (PSDB), ex-delegado, destacou a falta de efetivo policial e falhas no atendimento a Vanessa, que poderiam ter evitado a tragédia. Ele defendeu maior rapidez nas medidas protetivas e mais investimentos em segurança, além de criticar excessos policiais. Caravina também enfatizou a necessidade de educação para combater o machismo e a misoginia, visando prevenir a violência contra a mulher.
Caravina ressaltou que o volume de casos de violência doméstica é alarmante e que as forças de segurança não possuem efetivo suficiente para atender todas as ocorrências. "A segurança pública, tanto a polícia preventiva quanto a repressiva, não tem condições de atacar essa quantidade de crimes".
No caso específico de Vanessa Ricarte, o deputado apontou que o atendimento falhou e que o histórico violento do agressor deveria ter sido levado mais a sério. "O autor já tinha um histórico de violência, um perfil agressivo que era conhecido das autoridades. Houve uma falha em não se exigir que a Guarda Municipal a acompanhasse. Isso poderia ter evitado a tragédia", afirmou. Ele também defendeu maior rapidez nas medidas protetivas, tanto na decisão judicial quanto na notificação do agressor.
Para Caravina, a solução passa por investimentos mais consistentes em segurança pública. "Os governos têm investido na estrutura da segurança, como armamentos, viaturas e delegacias, mas o efetivo é insuficiente. Precisamos de mais policiais, tanto na prevenção quanto na investigação. Sem isso, crimes graves podem continuar impunes", alertou.
Excesso de força policial - O deputado também comentou o aumento dos confrontos entre polícia militar e suspeitos, que resultaram em mortes. "A maioria das vezes, a polícia age corretamente e de forma rápida para proteger a si mesma e a terceiros. No entanto, casos de excesso devem ser apurados e punidos", defendeu.
Ele citou erros em ações policiais no Brasil e enfatizou a necessidade de capacitação dos agentes. "Um erro grave pode ser causado por despreparo emocional e técnico do policial. Ações rápidas exigem treinamento adequado", afirmou.
Por fim, Caravina reforçou a importância do investimento não apenas em segurança, mas também em educação e conscientização. "O machismo e a misoginia ainda estão enraizados na nossa sociedade. Precisamos educar para que violências como essa deixem de ocorrer. Mas quando a segurança pública é acionada, ela tem que agir e garantir a proteção da vítima", concluiu.
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