Fantasma, revisão de taxas e ataques inflamam último debate na Capital
A dois dias das eleições, o último debate entre os candidatos a prefeito de Campo Grande, que buscam a representativa parcela dos eleitores indecisos, foi inflamado por temas como fantasma, revisão de taxas e contratos, além de fortes promessas de combate à corrupção e ataque às pesquisas eleitorais.
Marquinhos Trad (PSD) foi alvo, mais uma vez, de questionamento sobre seu emprego na Assembleia Legislativa, apontado pelos concorrentes Athayde Nery (PPS) e Marcelo Bluma (PV) como fantasma. Marquinhos prometeu rever a concessão do transporte coletivo, firmada na gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad (PTB), seu irmão.
Nos blocos de tema livre, Marquinhos endereçou as perguntas para Rose Modesto (PSDB). O candidato do PSD disse que Rose não cumpriu promessas de campanha de 2014 em construir casas para a favela da Cidade de Deus. Rose respondeu que se o que prometeu não foi feito, foi por causa da prefeitura atual que fez um mal planejamento.
Marquinhos aproveitou o quarto bloco, com tema livre, para voltar a se confrontar com Rose Modesto. Retornou com questionamentos a capacidade da candidata tucana a colocar suas propostas em prática. Rose se defendeu dizendo o que fez como vice-governadora e apresentando o que vai fazer se eleita.
Em outras rodadas, a preferência da candidata tucana foi por perguntas a Marcos Alex, o Alex do PT. O petista, por sua vez, buscou por Alcides Bernal (PP), que aparece em terceiro nas pesquisas. Ao questionar sobre falta de vagas em creches, Alex disse que as obras só têm placas e são fantasmas. O atual prefeito convidou o concorrente para visitar os locais.
A administração de Bernal também foi alvo dos adversários sobre os buracos no asfalto, problemas na divulgação de dados sobre transparência e a não implantação de eleição para diretores. Bernal, por sua vez, defendeu que não há falta de medicamentos nos postos de saúde, lembrou as denuncias de corrupção que lhe antecederam e citou a prisão de Gilmar Olarte (Pros).
O coronel Carlos Alberto David dos Santos (PSC) reforçou alerta sobre as finanças de Campo Grande e que os servidores estão ameaçados de atraso salarial. O debate começou às 23h03, com meia-hora de atraso. Foram 2h20 de embate entre os candidatos.
Apesar de Campo Grande ter 15 concorrentes a prefeito, o critério para participar do debate foi partidos ou coligações que têm mais de nove representantes na Câmara dos Deputados.
Indecisos - O último embate entre os candidatos aconteceu num cenário de muitos eleitores indecisos. De acordo com pesquisa Tendência, encomendada pelo Campo Grande News, é alto número de eleitores que ainda não sabem em que votar ou dizem que vão anular o voto.
Considerando a consulta estimulada, ou seja, quando é colocada ao entrevistado a relação de candidatos, este total chega a 25,2%. A pesquisa foi registrada sob número MS-06768/2016. As eleições acontecem no próximo domingo, dia 2.