Giroto, esposa e empresário vão ao STF em nova tentativa de deixar prisão
Pedido de habeas corpus foi protocolado na segunda-feira
A defesa do ex-secretário de Obras, Edson Giroto, da esposa dele, Rachel Giroto, e do empresário Flávio Henrique Scrocchio, entrou com pedido de Habeas Corpus no STF (Supremo Tribunal Federal). Eles estão presos desde a deflagração da segunda fase da Operação Lama Asfáltica, chama Fazendas de Lama, em maio deste ano.
Na semana passada, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou o pedido de liberdade e manteve a prisão. Segundo os autos, o pedido de liberdade provisória foi protocolado na segunda-feira (13) e foi distribuído para o ministro Marco Aurélio.
Ainda não há decisão sobre a solicitação. Caso o pedido seja negado, os três terão de aguardar o julgamento do mérito no TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região).
Flavio Henrique Scrocchio é dono da empresa Terrasat Engenharia e Agrimensura, com sede em Tanabi. Ele seria sócio e cunhado de Edson Giroto e a empresa dele teria sido favorecida no certame em que foi contratado para fazer a manutenção de estradas pavimentadas e não pavimentadas em Nova Andradina, a 297 km de Campo Grande. O contrato é de R$ 10.375.039,80.
Operação – A Fazendas de Lama mobilizou 201 policiais federais, 28 servidores da CGU (Controladoria-Geral da União) e 44 da Receita Federal. Foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária, 28 mandados de busca e apreensão e 24 de sequestro de bens. Essa é a segunda fase da Lama Asfáltica, deflagrada no dia 9 de julho do ano passado.
Nas duas fases da investigação foram apurados o desvio de R$ 44 milhões por meio de superfaturamento, fraudes em licitação e pagamento por serviço não executado ou feito com qualidade abaixo do contratado. Segundo os investigadores, o dinheiro era “lavado” principalmente em compra de imóveis, especialmente fazendas.