ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram
FEVEREIRO, SEXTA  07    CAMPO GRANDE 30º

Política

'Não existe vacina comunista. Confio na Anvisa', diz Nelsinho sobre imunização

Senador é líder da Comissão de Relações Exteriores e, médico que é, rebate tom politizado da covid-19

Nyelder Rodrigues | 28/12/2020 17:10
'Não existe vacina comunista. Confio na Anvisa', diz Nelsinho sobre imunização
Nelsinho aponta que caminho é confiar nas instituições (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Em meio à polêmica sobre imunizados que podem se transformar em jacarés, tal qual em um episódio de desenho animado da Looney Tunes, e introspectos que por ora preferem o risco à morte ao experimento de suposto elixir da vida, ou ao menos ao retorno à vida como outrora, a politização da saúde pública se tornou uma realidade.

Capitaneada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), tal postura é alvo de ferrenhas críticas de opositores e de ressalvas de parte de seus apoiadores e também dos que mantém uma postura mais independente.

Líder da bancada sul-mato-grossense em Brasília (DF), o senador Nelson Trad Filho, o Nelsinho (PSD), tem posição muito clara quanto a situação, adotando um caminho mais litúrgico e de confiança nas instituições públicas.

"Eu creio nas instituições e o que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovar através dos técnicos, e não dos diretores políticos, é válido. Ainda mais se você ver os institutos que estão por trás dessa aprovação, Butantan e Oswaldo Cruz, todos de renome", frisa Nelsinho, que é médico.

Ex-prefeito de Campo Grande, primo do ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), e irmão do deputado federal Fábio Trad (PSD) e do atual prefeito da Capital, Marquinhos Trad (PSD), Nelsinho enfrentou uma forte epidemia de dengue na década passada, e teve que lidar com isso de todas as formas.

'Não existe vacina comunista. Confio na Anvisa', diz Nelsinho sobre imunização
Trad Filho adota tom conciliador quanto à saúde pública (Foto: Henrique Kawaminami/Arquivo)

Uma delas foi se esquivar do uso político da situação, diferente do que ocorre hoje no Brasil. "O que observo é que a personalidade forte do presidente faz ele politizar certos assuntos que não precisariam ser politizados", comenta, completando.

"Não existe isso de 'vacina de comunista não vou tomar'. Quem tem que dizer qual vacina serve e qual não serve para os brasileiros é a Anvisa, não eu e você", opina o senador, que hoje está na presidência da Comissão de Relações Exteriores do Senado e é um dos pretensos candidatos à presidência da Casa - a eleição ocorre em fevereiro.

Vacina de comunista - Toda polêmica sobre a 'vacina de comunista' nasce a partir da divergência política entre Bolsonaro e o governador paulista João Doria (PSDB), que através do Instituto Butantan manteve parceria com a chinesa Sinovac para elaboração do imunizante para combater a proliferação da covid-19.

Recentemente, Bolsonaro deu declaração em tom mais alto ainda que as anteriores, afirmando que o governo não poderia garantir a ninguém a eficácia das vacinas, nem sequer os efeitos colaterais. De forma irônica, ele disse que não teria culpa se as pessoas virassem jacarés, homens falassem fino e mulheres ficassem barbadas.

Nos siga no Google Notícias