“Não posso fazer tudo o que as pessoas querem”, diz prefeita sobre manifestações
Enfermeiros e guardas civis pedem para que município pague a taxa de insalubridade e periculosidade
A prefeita Adriane Lopes (PP) se pronunciou na manhã desta segunda-feira (11) sobre as manifestações em frente ao Paço Municipal, dos enfermeiros e da Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande. “Não posso fazer tudo o que as pessoas querem”, disse a durante evento de filiação no PP.
“Estamos em uma democracia. Respeito todos os servidores, mas só posso avançar naquilo que é possível pelo município. Estou administrando uma cidade. Não posso fazer tudo o que as pessoas querem, posso fazer aquilo que é possível dentro das condições do município”, ressaltou.
Os enfermeiros estão em frente ao canteiro da prefeitura desde a última sexta-feira (8). Eles cobram que a gestão pague a taxa de insalubridade da categoria e ofereça melhorias aos profissionais.
Já para os agentes pedem pela taxa de periculosidade, que não está sendo paga, segundo Hudson Bonfim, representante do sindicato dos Guardas Civis Municipais. Ele acrescenta que a promoção de guardas, o pedido de convocação de novos guardas [aprovados no último concurso] são outros pontos levantados na manifestação.
Acampamento – De acordo com Angêlo Macedo, presidente do Sinte (Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem de Campo Grande), a classe contesta a falta de pagamento de adicional de insalubridade e noturno; plano de cargo de carreira; falta de reajuste anual; e promoções de quinquênio.
“Iniciaram um acampamento na sexta-feira, Dia da Mulher. Não há nada a se comemorar, pois é uma categoria formada quase em sua totalidade por mulheres, mas sabemos as dificuldades que a categoria enfrenta. Hoje, o acampamento ganha reforço e durante a semana outras entidades estarão vindo para crescer o movimento. Vamos permanecer aqui até que a prefeita resolva atender as pautas”, ressaltou.
A administração municipal havia recorrido da decisão inicial sobre a insalubridade, quando a categoria obteve liminar assegurando o benefício em 2023. De acordo com Ângelo, a Justiça já determinou o pagamento.
Em resposta sobre a situação dos enfermeiros, a Seges (Secretaria Municipal de Gestão) informou que o município está em grau de recurso. E após o trânsito em julgado do mesmo processo, que dará segurança jurídica à decisão para cumprir o que está na Lei sobre a insalubridade.
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