“Não tenho nada a ver com o Bernal”, diz Contar ao ser comparado
Em entrevista ao programa Povo na TV, do SBT, candidato ao governo rebate o que ele chama de fake news
O deputado estadual e candidato ao governo, Renan Contar, o Capitão Contar (PRTB), foi o entrevistado desta sexta-feira (14), do programa Povo na TV, do SBT. O parlamentar que disputa o segundo turno contra Eduardo Riedel (PSDB), no próximo dia 30, respondeu perguntas do apresentador Tatá Marques e aproveitou o espaço para rebater o que ele classifica como fake news dos adversários.
Questionado sobre o apoio dos adversários ao cargo no primeiro turno, como o ex-governador André Puccinelli (MDB), deputada federal Rose Modesto (sem partido) e o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), o candidato afirmou que não fez acordo com os derrotados no primeiro turno em troca de cargos na sua gestão, em uma eventual vitória.
“Não houve acordo. Isso está sendo vendido de forma errada para as pessoas. Todo voto é bem-vindo, inclusive do meu adversário. Isso não significa que estou fazendo acordos e prometendo cargos. Quero fazer o governo de mãos limpas. Para acabar de uma vez por todas essas fake news. Vou ter liberdade de indicar quem eu quiser, com um trabalho sério e sem qualquer tipo de acordo com a velha política. Chega de conchavos”, afirmou.
Experiência - O militar aproveitou para rebater sua falta de experiência no Executivo, comparada com o desastre da administração do ex-prefeito Alcides Bernal (PP), em Campo Grande. “Não tenho nada a ver com Bernal. Estamos construindo um novo projeto. E esta é a mesma narrativa que usaram com o presidente Bolsonaro na eleição de 2018. Não é falta de experiência, é atitude, ética e transparência.”
Sobre a governabilidade, o candidato rebateu a falta de uma base ampla com os deputados estaduais eleitos para a próxima legislatura. Apenas um é do seu partido. “O diálogo é importante, não interessa qual o tamanho da base que vou ter na Assembleia. Tenho certeza que ao apresentar projetos de lei para beneficiar a população, ao dar redução de impostos e transparência na gestão, os deputados que não corresponderem com o anseio do seu povo, vão ter que se entender com seu eleitor. A assembleia está para trabalhar pelas pessoas e não para o governador. Quem for contra isso, está indo contra o povo.”
Apoio - Capitão Contar defendeu o presidente e também candidato a reeleição, Jair Bolsonaro (PL). “Agradeço a fala dele no meu horário. Ele é uma pessoa honesta, patriota e está fazendo o melhor governo que esse país já teve. Eu tenho orgulho de caminhar com ele. Quando você persegue o correto, você já está dizendo como vai governar o estado. Quero que a oposição pare de criar fake news. Tá ficando já uma coisa intragável e indigesta”, reclamou.
Ele citou vídeos que apoiadores do adversário estão espalhando nas redes sociais. “Até agentes públicos, que são prefeitos e vereadores, estão defendendo seu candidato, mas espalhando mentiras. Dizendo que eu vou acabar com obras e encerrar contratos. Quero acabar é com a corrupção e a sem-vergonhice. As obras vão ser concluídas e os trabalhos seguirão sendo feitos. Inclusive você prefeito e vereador que está defendendo o outro candidato, caso ele não seja eleito, nós vamos trabalhar juntos. Eu quero fazer o melhor governo para atender o seu município. Eu não vou olhar a cor da sua bandeira partidária.”
Benefícios - No entanto, o candidato afirmou que vai ampliar benefícios sociais e reduzir impostos, sem dar os caminhos para que isso ocorra. “O estado tem que estender a mão para os mais necessitados. E esses projetos serão melhorados e ampliados. A equipe econômica que estará comigo irá fazer um amplo estudo dialogando com as categorias comércio, serviços, agronegócio para que a gente consiga reduzir essa carga tributária. Isso vai acontecer, porque não vamos deixar roubar. Nós iremos aplicar corretamente os recursos. É um absurdo hoje, por exemplo, o estado estar gastando mais de 240 milhões com tendas se está faltando remédio, está faltando profissional, se discute equiparação dos professores.”
Quanto as escolas cívico-militares, Capitão Contar esclareceu que vai manter a orientação do governo federal. “Ela dá muito certo em comunidades que tem casos de violência. A ideia é dar continuidade no governo, que são duas no ano e desta forma serão oito. Serão unidades pontuais. Não vamos militarizar as escolas como dizem por aí. Tudo será colocado na mesa e discutido com vocês.”
Sobre a redução da carga tributária, Capitão Contar não conseguiu especificar como irá aplicar o discurso na prática. “Queremos trazer alívio para o bolso do nosso cidadão e empresário. Para trabalhar com folga, ampliar os seus negócios. A redução da carga tributária é necessária, porque não somos competitivos. Perdemos para serviços que são ofertados fora do Estado. Sou a única via de renovação".