Passa em primeira votação projeto para casas de graça a moradores do Mandela
Moradias serão construídas para as famílias com barracos queimados em incêndio na favela durante o mês passado
Aprovado nesta quarta-feira (13), em primeira votação, pelos deputados estaduais de Mato Grosso do Sul o projeto de lei do governo autorizando a Agehab (Agência Popular de Habitação do Estado de Mato Grosso do Sul) a isentar o pagamento de contraprestação dos moradores da comunidade do Mandela, em Campo Grande.
Com isso, as casas construídas para as famílias que tiveram barracos queimados em incêndio registrado no mês passado serão entregues sem custo. “O objetivo é propiciar o acesso dos moradores dessa comunidade a uma estrutura digna de moradia e para isso, em razão da situação de extrema vulnerabilidade socioeconômica dos membros dessa comunidade”, justifica o projeto.
No dia 5 deste mês, o Campo Grande News havia adiantado que as famílias do Mandela receberiam 180 casas construídas conjuntamente pela prefeitura e Governo de Mato Grosso do Sul e financiadas com a ajuda de emenda parlamentar do Senado Federal.
São R$ 9 milhões, segundo a senadora Soraya Tronicke (Podemos), responsável pelo repasse do recurso. De acordo com governo estadual, ficou decidido que a Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) é responsável pela construção de 100 residências, além de doar terreno para que as unidades habitacionais sejam construídas. Mais 80 casas necessárias para atender a comunidade ficarão sob a responsabilidade da Agehab (Agência Estadual de Habitação Popular).
A pasta irá realizar a licitação para contratação da empresa responsável pelas obras. Segundo a diretora-presidente da Agehab, Maria do Carmo Avesani Lopez, o Estado já recebeu o recurso destinado por Soraya. "Vamos dar total atenção e agilidade porque sabemos da necessidade das famílias”, afirmou.
Loteamento - De acordo com a prefeitura, as famílias podem ser encaminhadas para quatro loteamentos nos bairros José Tavares, Talismã, Iguatemi I e II. Neste momento, 100 famílias estão com os documentos em dia, enquanto outras 87 famílias receberão assistência da prefeitura para regularização, inclusive em períodos de plantões de atendimento. Pelas casas oferecidas pela prefeitura, cada família pagará R$ 185 por mês, em um prazo de 30 anos. As obras serão feitas por empresa credenciada pela Credhabita e custarão R$ 15 milhões.
Incêndio - Ocorrido em 16 de novembro, destruiu quase todas as moradias improvisadas na região do bairro Coronel Antonino. A causa ainda é desconhecida. Alguns moradores que ainda seguem no local, em tendas improvisadas pelo Exército e Prefeitura de Campo Grande começaram a desocupar, na manhã desta quarta-feira (13), a área. Estão sendo realocados, de maneira temporária, na Escola Maestro João Corrêa Ribeiro ou abrigados por parentes. Uma parte já havia ido para casa de familiares.
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