Quem são os parlamentares da "bancada Bolsonaro" de MS
“Onda Jair” elegeu cinco parlamentares do Partido Social Liberal no Estado
Mato Grosso do Sul terá cinco parlamentares do PSL (Partido Social Liberal), o partido do presidenciável Jair Bolsonaro, em 2019. Neste domingo, 7 de outubro, foram eleitos dois deputados federais, dois estaduais e uma senadora da legenda. Há quem admita que a “onda Bolsonaro” tenha dado uma “forcinha”.
Surpresa e estreante nestas eleições, a advogada Soraya Thronicke, de 45 anos, foi eleita para o Senado com 370.666 votos de Mato Grosso do Sul, mas rejeita a ideia de que venceu pelo “efeito Bolsonaro”.
“Não é apenas por causa do Bolsonaro, nós temos nosso valor. Não sou ‘caroneira’, muitos tentaram usar o Bolsonaro como aproveitadores, o que não foi nosso caso. Desde o início estávamos do lado dele, de forma genuína, já que estamos alinhados com seus ideias”, disse em entrevista no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) na noite deste domingo .
Nascida em Dourados, Soraya é casada e declarou ao ter patrimônio de R$ 10 mil em dinheiro (espécie). Ainda conforme o que foi declarado até esta segunda-feira (8) à Justiça Eleitoral, ela recebeu para a campanha R$ 45.501,00 e gastou com R$ 40.595,60 (despesas contratadas).
No Congresso – Para completar a bancada do PSL de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional, foram eleitos Loester Carlos Gomes de Souza e Luiz Ovando, também estreantes na função de parlamentar.
Natural de Campo Grande, o primeiro é empresário, de 36 anos, não fez a declaração de bens e nem prestou contas à Justiça Eleitoral ainda. Dono de lanchonete na Capital, Loester aparece com réu em quatro processos na Justiça do Trabalho. Em uma das ações, o eleito é acusado de demitir uma funcionária que estava grávida e descumprir acordo com a mesma.
Ele teve 56.339 votos (4,54%) neste domingo.
Também eleito para a Câmara Federal, o médico cardiologista nascido em Corumbá, Luiz Ovando, de 69 anos, teve 50.376 votos (4,06%). O candidato declarou ter R$ 489.262,25 em patrimônio, R$ 8 mil em recursos recebidos e R$ 6.730,50 gastos na campanha eleitoral.
No Legislativo estadual – Os dois candidatos mais votados para a Assembleia Legislativa também são do PSL.
Capitão do Exército Brasileiro e estreante na política, Renan Contar, de 34 anos, foi o recordista de votos para a Casa de Leis. Ele teve 78.390 votos (6,11%). Ele recebeu R$ 68.932,42 para a campanha e consta na declaração R$ 20.600,00 em despesas contratadas.
Carlos Alberto David dos Santos, o coronel David, foi o segundo mais votado. O ex-comandante da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) e ex-deputado estadual teve 45.903 votos (3,58%).
Tanto David quando Contar não negam que o amplo apoio da população a Bolsonaro também os ajudaram. “Foi a onda de combate à corrupção que está acontecendo não só aqui, mas em todo o Brasil”, disse o capital na noite de ontem.
Já o coronel afirmou que o PSL mostrou sua força nestas eleições. “Muita gente não acreditava e nosso partido cresceu muito em todo o país e também em Mato Grosso do Sul, tanto que além da votação expressiva para o Bolsonaro, conseguimos fazer os deputados estaduais mais votados, dois deputados federais, mostrando a nossa força e grandeza”.
David teve R$ 93.325,00 em doações e R$ 67.142,10 em despesas contratadas, segundo declarou.
Nacional – Em Mato Grosso do Sul, Bolsonaro teve 55,06% dos votos - 769.116 no total – contra 23,87% (333.407) de Fernando Haddad (PT).
No país, o candidato do PSL teve 49.275.360 votos (46%) e o concorrente do PT conquistou 31.341.840 votos (29,3%).
Na “onda Bolsonaro”, o PSL conseguiu fazer 4 senadores e 52 deputados federais, formando a segunda maior bancada na Câmara Federal, atrás somente do PT, que 56.