Redução de impostos foi proposta por candidatos no 2º bloco
Candidatos ao governo responderam perguntas de entidades de MS na segunda etapa
Os 8 candidatos a governador de Mato Grosso do Sul se enfrentam, nesta terça-feira (6), no primeiro debate promovido no Estado pelo site Primeira Página e rádio Morena FM. Durante o segundo bloco da transmissão feita ao vivo pela internet, os candidatos responderam perguntas elaboradas por entidades representativas.
Entre os questionamentos, foram levantadas questões fiscais, desenvolvimento sustentável, segurança pública, enfrentamento a violência e saúde.
Abrindo a rodada, o candidato Eduardo Riedel (PSDB) foi questionado pela Aprosoja-MS (Associação de Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul)( sobre os desafios do desenvolvimento do setor de agronegócio de forma sustentável. Acostumado com as demandas do setor, o tucano, que é ex-presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), disse que quer dar sequência no que já vem sendo construído para a redução de carbono.
“Sem dúvida nenhuma que MS sai na vanguarda, tem três biomas preservados em sua maioria, principalmente o pantanal, somos uma potência agroambiental, preservando, protocolado que é Carbono Zero em 2030, principalmente pelo desenvolvimento da atividade agropecuária", salientou.
No tema de segurança pública, o candidato do PCO, Magno Souza, defendeu o fim da Polícia Militar para frear os ataques sofridos por indígenas em regiões do Estado. “A gente espera uma segurança, uma defesa, uma proteção qualificada e agradável ao ser humano. Na minha candidatura nós colocamos uma proposta ao fim do PM, porque ele não trata bem o indígena, e não trata bem o sem-terra, estou aqui para denunciar", disse o candidato.
Ainda na questão de segurança, Marquinhos Trad (PSD) defendeu o aumento do efetivo e remuneração dos servidores. “Mato Grosso do Sul deveria ter 9.616 homens para fazer a nossa segurança, tem menos de 5,3 mil”, disse o candidato. “Nós estamos buscando cada vez mais pessoas preparadas e planejadas para entregar a vocês uma segurança de excelência, como nós fizemos em Campo Grande, o plano de cargos e carreiras da guarda civil municipal, elevamos o salários”, concluiu.
A violência contra a mulher foi tema da pergunta endereçada ao candidato Capitão Contar (PRTB). Na avaliação do candidato, Mato Grosso do Sul precisa investir em espaços adequados para receber as vitimas e aliar a tecnologia na prevenção da violência. “Precisamos ampliar os serviços de saúde dedicados à mulher, e criança também, a exemplo do que a Polícia Civil já faz, com relação às salas lilás, especializadas para atendimento à mulher. Que ela se sinta mais acolhida e tenha condição de fazer sua denúncia e sua queixa” sugeriu Contar.
Impostos - A questão fiscal e promessa de zerar o ICMS foi levantada no segundo bloco. A candidata do PT, Giselle Marques sugeriu acabar com o imposto na conta de energia elétrica. “Como governadora de MS, vou zerar o ICMS sobre a energia elétrica. Já fiz estudos que demonstram quem o impacto será de 10% sobre o orçamento. Ocorre que o estado encerrou 2021 com superávit de 1 bilhão 952 milhões, como nosso orçamento é de 18 milhões, temos recursos para zerar”, avaliou.
Na mesma linha da petista, a candidata Rose Modesto (UB), sugeriu a redução do ICMS em diversas áreas, inclusive no ITBI para registro de imóveis. “Não é em relação só ao imposto dos imóveis. Mato Grosso do Sul tem uma das cargas de impostos mais altas do Brasil”, disse a deputada. “ Não tenha dúvidas de como governadora, com a responsabilidade de cuidar das contas públicas, quando reduz imposto consegue gerar mais emprego, consegue comer melhor, consegue renda e, quanto mais consome, mais o estado consegue arrecadar", pontuou.
Em resposta as medidas de redução de impostos, o candidato Eduardo Riedel (PSDB), classificou as propostas das candidatas como promessas de campanha, apenas. “Em época de campanha todo mundo abaixa os impostos e faz de tudo de melhor”, alfinetou o tucano.
Adonis Marcos (PSOL) e André Puccinelli (MDB) responderam questionamentos ligados a saúde. O ex-governador defendeu a regionalização da saúde colocando médicos em cidades do interior e equipando a localidades para desafogar a demanda da capital. “Em parceria com o governo do estado com os municípios e consonância com as universidades, podemos formar profissionais na área de saúde profissionais, garantindo colocação em todos os municípios", disse Puccinelli.
Adonis por sua vez defendeu o piso salarial para enfermeiros e valorização profissional em todo o país. “Sou favorável ao piso, são profissionais que muitos já vê, sofrendo há mitos anos, com perda de direto. Não vamos tirar direito de trabalhador. Os enfermeiros e enfermeiras merecem nosso carinho e respeitos, foram esses seres humanos que deram a própria vida, além do que podia, para salvar mais vidas no período da pandemia”, argumentou o candidato do PSOL.