Sem preparo para ataques, Guarda Municipal é orientada a dialogar com vândalos
Na última sexta-feira a Câmara Municipal de Campo Grande foi atacada por um grupo de “baderneiros” em meio aos protestantes pacíficos. No momento, 40 guardas municipais estavam no local e mesmo assim foi difícil conter a ira dos vândalos. O resultado foi uma porta quebrada, pichação e três homens que faziam a segurança feridos, um deles levou dez pontos na testa depois de atingido por pedradas.
Para o presidente da Casa de Leis, vereador Mario Cesar (PMDB), o resultado está entre as principais preocupações, tendo em vista que nunca houve este tipo de enfrentamento de massa na Capital e, portanto, não há preparação do efetivo. “Por isso a orientação que demos a eles é a de conversar com os protestantes antes de qualquer coisa. Nunca tivemos esta situação então não sabemos como agir”, explicou.
Normalmente 12 guardas municipais se revezam em três turnos para guardar a Câmara. Entre eles está uma mulher grávida. “Na hora do ataque tivemos que colocá-la para dentro”, contou o peemedebista.
Armas – Questionado sobre como seria se a Guarda Municipal já estivesse armada, conforme foi aprovado na Casa, ele ressaltou que o efetivo estaria devidamente preparado para atuar. “Não é assim dar a arma e pronto. Se eles estivessem armados já teriam passado por treinamento técnica e psicologicamente”, disse.
Mesmo assim, Mario não acredita que o armamento surtiria algum efeito. “Em várias capitais a Polícia Militar estavam nos protesto e não usaram armas para garantir a segurança. Porque o ideal é que tudo ocorra de maneira pacifica”, opinou.
Na hipótese de mais movimentos irem à Casa e, porventura, acabar novamente em vandalismo a ordem para ao guardas é uma só: “Tentem dialogar e se não der certo saiam da frente”, concluiu.