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Política

Prédio continua com marcas de protesto, ainda sem levantamento sobre prejuízos

Jéssica Benitez | 24/06/2013 11:27
Prédio da Câmara Municipal de Campo Grande permanece depredada (Foto: Cleber Gellio)
Prédio da Câmara Municipal de Campo Grande permanece depredada (Foto: Cleber Gellio)

Três dias depois de ser atacada por vândalos infiltrados em ato contra corrupção, a Câmara Municipal de Campo Grande continua com marcas da depredação sofria da noite da última sexta-feira. A porta da Casa de Leis permanece trincada de cima a baixo, a escada está com fita de isolamento e a placa que leva o nome do plenário “Vespasiano Martins”, foi removida na área externa do local por ser feita de vidro e representar riscos caso seja quebrada. Além disso, no muro da frente está estampada a frase “aluga-se”, pichada pelos manifestantes.

Segundo o presidente da Câmara, vereador Mario Cesar (PMDB), todas as providências já estão sendo tomadas para reparação dos estragos e ainda não há um balanço para mensurar os prejuízos. “Foi bastante feio o que aconteceu. As manifestações vindas dos cidadãos são sempre bem-vindas, mas fico preocupado com a desordem da minoria que pode estragar a festa da democracia”, opinou.

De qualquer forma, ele acredita que a sessão ordinária de amanhã não deverá sofrer alterações, mesmo com protesto já anunciado para esta terça-feira. "Está previsto que tudo ocorra normalmente. Vamos recepcionar a todos da melhor forma possível, essa é uma casa do povo".

Mudança – Para o presidente a sede por mudança não começou agora em Campo Grande. Ele lembra que o início de tudo ocorreu nas eleições para prefeito da Capital em 2012. “Não que os gestores que estacam foram ruins, ao contrário, foi um divisor de águas em Campo Grande de 1997 para cá. Porém a população queria uma mudança de figura”, explicou.

Diante dos primeiros sinais de que os eleitores desejam outro cenário político, Mario alega que a resposta foi dar uma nova roupagem ao Legislativo a começar pelo reforço da fiscalização ao poder Executivo. “Muita gente diz que é perseguição, mas só estamos cumprindo o papel do vereador que é fiscalizar. Nós também recebemos o recado das urnas porque dos 29 parlamentares, somente 13 são reeleitos”, disse.

Ele pontua, ainda, que a criação de duas CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito), realização de sessões itinerantes e comunitárias, além de audiências públicas, são provas de que já existe mudança na Casa. “Essa filosofia vai ao encontro do que é reivindicado pela população”, resumiu.

Sociedade ativa – Na concepção do peemedebista também é necessário que o eleitor identifique outro problema que assola a esfera política, além da corrupção, que é o mau uso do dinheiro público por parte de políticos que não têm experiência.

“Gestores ineficientes também trazem prejuízo aos cofres públicos. Se um gestor compra determinada quantidade de remédios, por exemplo, e o medicamento sobra e é jogado fora porque venceu, também é uma forma de não utilizar corretamente os investimentos”, concluiu.

Porta continua trincada e parede mostra marca de placa retirada (Foto: Cleber Gellio)
Porta continua trincada e parede mostra marca de placa retirada (Foto: Cleber Gellio)
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