Vereador abriu mão de mandado depois de anos nebulosos na Câmara
Ademir Santana sai da Câmara depois de trabalho com direito a assessor preso e investigação na Omertà
O vereador Ademir Santana mostra que não tinha fé na reeleição e oficialmente renunciou ao mandado de vereador de Campo Grande para integrar a coordenação da campanha tucana à Prefeitura da Capital. Agora, assume a tarefa de fazer vingar o pré-candidato do PSDB, o deputado federal Beto Pereira. A renúncia foi protocolada e publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (6), depois de anos nebulosos nas manchetes policiais.
"Eu sou um soldado do partido", justificou o ex-vereador tucano com a frase clichê, usada em exaustão. Ele conta que antes da renúncia, prometeu abrir mão da reeleição e tentou conciliar os trabalhos como vereador e as ações de pré-campanha, mas decidiu focar no projeto do partido para a Capital.
Santana abriu mão de 4.118 votos e não fala sobre o futuro, caso Beto não seja eleito. Ele aposta alto, confiante do poder tucano.
Encerrados os trabalhos legislativos, o ex-vereador detalha que a atuação na coordenação da pré-campanha está a todo vapor. Segundo ele, o foco do PSDB neste momento é estudar propostas, montar o partido para a eleição e ouvir a população. "Estamos ouvindo a comunidade, pedindo a opinião das pessoas, ouvindo quais os problemas em cada região. O PSDB vai ser um partido de chão", disse.
O deputado federal e pré-candidato, Beto Pereira, destacou a experiência do ex-vereador. “Ademir é um grande companheiro. Cumpriu com excelência seu mandato de vereador e com sua experiência e seu conhecimento sobre todas as regiões da nossa cidade, vai contribuir grandemente para o projeto do PSDB para Campo Grande”, aponta Beto.
Com a saída de Santana e o retorno de João Rocha, que deixa o cargo na Administração Municipal, a bancada tucana na Câmara se completa com o suplemente Claúdio Serra.
Mandato agitado - Ademir Santana foi eleito vereador suplente nas eleições municipais de 2020 e assumiu a vaga em 2021 com a saída de João César Mattogrosso. O último mandato do tucano foi "agitado". Em 2022, o assessor parlamentar do ex-vereador Ademir Santana, Robson José Ximenes, foi preso com mais de 40 quilos de cocaína.
O ex-vereador também foi alvo da Operação Omertà, que desmontou associação criminosa na cidade. A prisão do ex-vereador chegou a ser pedida, mas foi rejeitada pela Justiça, que determinou que dois endereços de Ademir fossem alvos de busca e apreensão. Em julho de 2022, Ademir Santana foi absolvido das acusações.
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