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Política

Prestes a assumir mandato, réu na Omertá diz que é acusado do que não fez

Apesar de empolgado com retorno, Ademir Santana diz que ter nome ligado às investigações pode atrapalhar

Clayton Neves | 12/04/2021 09:48
Ademir Santana chega ao Garras para depoimento em investigação da Operação Omertà. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Ademir Santana chega ao Garras para depoimento em investigação da Operação Omertà. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Suplente de vereador em Campo Grande, Ademir Santana (PSDB) está prestes a assumir cadeira na Câmara Municipal, com a saída de João César Mattogrosso (PSDB) para a secretaria estadual de governo. Réu na Operação Omertá, que desmontou associação criminosa na cidade, Ademir diz que é implicado em crime que não cometeu e que a Justiça terá de repará-lo.

Santana foi vereador até o ano passado e se diz empolgado com o retorno à Câmara. “Vamos retomar vários projetos”, afirma. Apesar disso, concorda que pode atrapalhar o fato de ter o nome ligado às investigações que desmontaram uma das principais associações criminosas da Capital.

“Atrapalhar, atrapalhar, mas eu sou citado em uma carona que não dei. Confio na Justiça dos homens e na de Deus. Estou sendo acusado de uma coisa que não fiz e a Justiça vai ter de reparar isso”, afirma.

O episódio da carona a qual o ex-vereador se refere, chegou até a polícia pelo depoimento do do empresário José Carlos de Souza, proprietário de casa, no Jardim Monte Líbano, onde foi apreendido arsenal bélico atribuído à quadrilha chefiada por Jamil Name e Jamil Name Filho, o Jamilzinho.

Em depoimento, José Carlos afirmou que teve o imóvel tomado pelo grupo criminoso para pagar dívida milionária, contraída a partir de 2015. Segundo o empresário, Ademir Santana  transportou ele e a esposa para o local onde o casal ficou sob mira de arma, a mansão de Jamil.

No ano passado, a prisão do ex-vereador chegou a ser pedida, mas foi rejeitada pela Justiça, que determinou que dois endereços de Ademir fossem alvos de busca e apreensão. O processo segue tramitando na Justiça.

Sem data marcada, o retorno de Santana ao mandato deve acontecer nos próximos dias, com a oficialização do licenciamento de João César Mattogrosso.



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