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Encontrou um filhote de gato abandonado? Saiba como agir corretamente

Encontrar um gatinho recém-nascido pode despertar o instinto de proteção, mas é preciso agir cautelosamente

Por Clara Farias | 23/04/2025 16:36
Encontrou um filhote de gato abandonado? Saiba como agir corretamente
Gatinha Luna sendo amamentada após resgate (Foto: Clara Farias)

Um miado fraco vindo da rua, um filhote encolhido em uma caixa de papelão... Encontrar um gatinho recém-nascido pode despertar o instinto de proteção, mas agir sem orientação pode colocar a vida dele em risco. Ao Campo Grande News, a coordenadora do Coame (Coordenadoria de Acolhimento e Manejo Ético), da Suprova (Superintendência de Políticas Integradas de Proteção da Vida Animal), Raphaela Megaioli de Oliveira, detalhou sobre os cuidados com os neonatos felinos.

À reportagem, Raphaela explicou que os cuidados com neonatos felinos são delicados e exigem atenção imediata — mas com as orientações corretas, é possível salvá-los.

A primeira atitude recomendada é a avaliação do cenário. “É comum a mãe se afastar por um tempo para buscar alimento. O ideal é observar à distância, garantir que o filhote esteja quente e protegido, e até oferecer água e ração para a mãe. Se ela não retornar, aí sim, é hora de intervir”, explica.

Caso seja necessário acolher o animal, o aquecimento é o passo mais urgente. Filhotes não conseguem regular a própria temperatura nas primeiras semanas de vida. A recomendação é enrolar o animal em uma manta e usar luvas com água morna ou garrafas bem vedadas para aquecer o ambiente — nunca em contato direto com o filhote, para evitar queimaduras. A temperatura ideal deve ficar entre 37°C e 39°C.

Já na questão da alimentação, Raphaela é enfática: não se deve oferecer leite de vaca. “Ele pode causar diarreia, desidratação e hipoglicemia. Existem fórmulas próprias à venda em pet shops, e elas devem ser utilizadas conforme a bula”, alerta.

Em casos de emergência, uma mistura caseira pode ser usada temporariamente. A receita inclui um copo de leite sem lactose, uma gema de ovo crua, uma colher de creme de leite ou óleo vegetal e quatro gotas de mel. A alimentação deve ser feita com seringa ou mamadeira apropriada, em pequenas quantidades (1 ml por vez), de duas em duas horas.

Raphaela reforça que, embora o resgate de um filhote possa ser emocionalmente intenso, é importante manter a calma e buscar fontes confiáveis de informação. “É um momento delicado, mas com cuidado, paciência e orientação, é totalmente possível salvar uma vida”, conclui a coordenadora.

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