Vereadores podem escapar da cassação
Parlamentares viajam; comissões processantes estão paradas
Acusados de envolvimento no esquema de fraude em licitações e recebimento de propinas, os oito vereadores afastados de Dourados saíram de viagem e poderão escapar da cassação justamente por isso.
Poderão ser extintas as comissões processantes porque os vereadores afastados pela Justiça podem retornar à Câmara a partir de 5 de janeiro. A data coincide com o prazo de 90 dias sem prejuízo de salário, que eles teriam que ficar afastados das funções como legisladores. A informação foi passada pelo vereador Walter Hora ao site douradosagora.
De acordo com ele, as 16 comissões processantes, duas para cara parlamentar, estão paradas porque equipe de funcionárias da Câmara não puderam localizar e notificar os vereadores. “A informação repassada à Câmara seria a de que alguns deles estariam viajando devido às festividades de fim de ano. Outros não foram localizados em casa", disse.
No último dia 15, as comissões foram formadas e processo de instalação publicado em diário oficial. Elas foram criadas para iniciar um processo de cassação dos oito vereadores por quebra de decoro parlamentar.
Walter Hora afirmou ainda que uma nova força-tarefa nos próximos dias para tentar entregar o documento; "Os vereadores precisam ser notificados, como uma forma de garantir que oficialmente eles foram comunicados de que estão sendo investigados e sobre o quê. É uma maneira de garantir o direito de defesa, previsto na Constituição", disse.
As comissões apuram denúncias contra: Aurélio Bonatto (PDT), Claudio Marcelo Hall, o Marcelão (PR), Humberto Teixeira Junior (PDT), José Carlos Cimatti (PSB) Zezinho da Farmácia, Júlio Artuzi (PRB), Marcelo Barros (DEM) e Paulo Henrique Bambu (DEM).