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Vômito em crianças: saiba quando é normal e quando se preocupar

Dr. Nei Marques Borba, do Hospital Santa Marina, orienta sobre cuidados essenciais

Conteúdo de Marca - Proncor e Santa Marina | 06/11/2024 07:30
(Foto:Divulgação)
(Foto:Divulgação)

O vômito em crianças é uma das principais preocupações dos pais, especialmente quando ocorre de forma inesperada e persistente. Embora muitas vezes seja um sintoma passageiro e relacionado a questões simples, como uma virose ou má digestão, ele também pode ser sinal de condições mais graves que exigem atenção médica imediata. Para ajudar os pais a entenderem melhor como lidar com essa situação, conversamos com o médico pediatra Nei Marques Borba, do Hospital Santa Marina, que compartilhou orientações valiosas sobre como identificar as causas do vômito, como prevenir complicações e quando é necessário procurar atendimento de urgência.

Quando o vômito é normal e passageiro?

O vômito em crianças, especialmente em lactentes, pode ser uma preocupação para os pais. No entanto, em muitos casos, ele é passageiro e não indica um problema grave. Segundo o Dr. Nei Marques Borba, é comum que lactentes regurgitem pequenas quantidades de leite durante ou logo após as refeições, muitas vezes enquanto eructam (soltam gases). Esse tipo de regurgitação pode ocorrer por diversos fatores, como alimentação rápida, deglutição de ar ou até excesso de comida, embora, em alguns casos, aconteça sem essas causas aparentes.

O pediatra destaca que vômitos ocasionais, como os causados por pequenas indisposições, também podem ser considerados normais. No entanto, os vômitos persistentes, que se repetem ao longo do tempo, merecem uma avaliação mais detalhada.

Quais são as causas comuns de vômito em crianças?

O Dr. Nei aponta que as causas mais comuns de vômito em crianças incluem:

  • Gastroenterite viral aguda: Infecções virais no sistema gastrointestinal, que costumam ser acompanhadas de diarreia e febre.
  • Intoxicação alimentar: Quando a criança ingere alimentos contaminados por bactérias, vírus ou toxinas.
  • Refluxo gastroesofágico: Uma condição em que o conteúdo do estômago volta para o esôfago, provocando desconforto e vômitos.
  • Estenose do piloro: Uma obstrução na passagem entre o estômago e o intestino, comum em bebês.
  • Obstrução intestinal: Quando há bloqueio no intestino, causando dor abdominal e vômitos.

O pediatra explica que, para diferenciar uma causa mais simples, como uma virose, de um problema mais sério, como obstrução intestinal, os pais devem observar outros sintomas. Enquanto vômitos ocasionais, associados a sintomas como diarreia, febre baixa e mal-estar geral, costumam ser sinais de uma virose leve, casos como vômitos persistentes, dor abdominal intensa, ou alterações no comportamento da criança exigem atenção médica imediata.

Vômito por má digestão e contaminação alimentar: como agir?

Quando a criança sofre com problemas de má digestão ou intoxicação alimentar, o quadro pode se manifestar por meio de febre, falta de apetite, prostração, inapetência (falta de vontade de comer) e até desidratação. O Dr. Nei enfatiza que, nesses casos, o primeiro passo é manter a criança bem hidratada.

O pediatra sugere o uso de analgésicos, antitérmicos e antieméticos (medicamentos para controlar o vômito) conforme orientação médica. Além disso, é fundamental que os pais ofereçam líquidos leves, como soro de reidratação oral, água de coco ou água simples. Para alimentos, o indicado são refeições leves, de fácil digestão.

Como oferecer líquidos após o vômito?

É importante dar a ingestão de líquidos de forma cuidadosa, especialmente logo após o episódio de vômito. O Dr. Nei recomenda esperar 30 minutos após o vômito antes de oferecer qualquer tipo de bebida. Nesse momento, os pais podem iniciar com água, sucos sem açúcar, soro de reidratação oral ou água de coco. Isso ajuda a evitar a desidratação, que é um risco comum em crianças que vomitam frequentemente.

O uso de medicamentos como ondansetrona e bromoprida (antieméticos) pode ser indicado pelo pediatra para ajudar a controlar os vômitos, sempre respeitando as doses e orientações específicas.

(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

Quando procurar atendimento médico?

A principal orientação do Dr. Nei é que os pais mantenham a calma e sigam as orientações básicas para hidratação e medicação. No entanto, existem sinais de alerta que indicam que a situação é mais grave e que a criança precisa ser avaliada por um médico com urgência. Os sinais incluem:

  • Êmese biliosa (vômito com bile, geralmente de cor verde);
  • Letargia ou desatenção (falta de energia e dificuldade para manter-se alerta);
  • Inconsolabilidade e abaulamento da fontanela (em bebês);
  • Rigidez de nuca, fotofobia (sensibilidade à luz) e febre alta nas crianças maiores;
  • Sinais peritoneais, como dor abdominal intensa e distensão abdominal;
  • Vômitos persistentes, com déficit de crescimento ou desenvolvimento.

Esses sintomas indicam que o problema pode ser mais grave, e um atendimento médico imediato é essencial.

Embora o vômito em crianças seja uma ocorrência comum e muitas vezes inofensiva, é fundamental que os pais fiquem atentos aos sinais do corpo e saibam diferenciar entre uma condição simples e algo que exija atenção médica urgente. Manter a calma, seguir as orientações para hidratação e medicação, e buscar ajuda médica ao identificar sinais de alerta são passos essenciais para garantir a saúde e o bem-estar da criança.

Caso tenha dúvidas ou observe sintomas preocupantes, não hesite em procurar um pediatra. A avaliação precoce é sempre a melhor maneira de garantir um tratamento eficaz e evitar complicações.

Se precisar de atendimento no Proncor e no Santa Marina, confira abaixo os contatos:

  • Central de atendimento: Ligue para 3003-3230, das 6h às 19h.
  • Agendamento online: Acesse www.hospitalproncor.com.br para marcar consultas e exames.
  • WhatsApp: Entre em contato com nossa assistente virtual pelo (21) 2101-2658.
  • Concierge: (67) 99830-4241.

Para emergências, o Hospital Proncor conta com três prontos-socorros em Campo Grande: dois para atendimento adulto e um pediátrico no Hospital Santa Marina, garantindo atendimento especializado 24 horas por dia.

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