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Lugares por Onde Ando

Muito além das belezas naturais, viaje pelos sabores de Bonito

Paulo Nonato de Souza | 05/11/2020 08:01
Comida boa faz valer a viagem nos sabores regionais, ainda mais depois dos passeios pelas belezas naturais de Bonito (Foto: Estância Mimosa/Divulgação)
Comida boa faz valer a viagem nos sabores regionais, ainda mais depois dos passeios pelas belezas naturais de Bonito (Foto: Estância Mimosa/Divulgação)

O lado saboroso do turismo! Natureza, belas paisagens naturais, fauna e flora são as primeiras coisas que logo surgem à cabeça quando se fala de Bonito, município do sudoeste de Mato Grosso do Sul, distante 297 km de Campo Grande pela rodovia BR-060, considerado um dos principais destinos de ecoturismo do Brasil.

Mas, para além de banhos em cachoeiras, rapel, trilhas a pé ou de bike, mergulhos, flutuação em rios, canoagem e exploração de cavernas, por exemplo, em Bonito você pode sentir e conhecer sabores que vão enriquecer o seu paladar e a sua bagagem de contemplador da natureza.

Dos pratos e sabores mais simples aos mais surpreendentes. Do doce de leite artesanal, produzido na Estância Mimosa, a traíra assada, que de tão grande parece um pacu, o pintado ao vapor com purê de mandioca e as tapiocas pantaneiras nas barracas da Praça Central aos pratos exóticos a base de carne de jacaré, opções não faltam em Bonito.

Na Casa do João, um restaurante aberto para almoço e jantar que se tornou destino obrigatório para quem vai a Bonito, a lista das grandes pedidas tem a Traíra sem Espinha, que dizem ser um peixe importado da Argentina, o Pintado a Urucum e o Pirarucu com Molho de Gengibre.

O menu gastronômico é extenso, certamente capaz de atender todos os gostos e bolsos. Se você estiver disposto a ser um explorador de sabores, acrescente à sua lista o Costelão Rubinéia no tradicional restaurante Juanita, onde tem até espaço para os veganos com a Moqueca de Banana da Terra, e o Restaurante Espaço Jack, que serve em panela de barro e eventualmente promove a Noite Pantaneira com costela assada em fogo de chão.

Para a sobremesa, além do doce de leite, vale a pena provar o doce de guavira, a fruta símbolo de Mato Grosso do Sul, muito comum em Bonito, mas não é sempre que ela está disponível, pois a época de produção vai de setembro a dezembro. É muito versátil na culinária local, de sucos, geleias e sorvetes aos chás de folhas e cascas.

Mas se tem uma sobremesa que encanta a todos os turistas do Brasil e do exterior é o doce de leite da Estância Mimosa Ecoturismo, uma RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural), distante 24 km em relação ao centro de Bonito.

Levando apenas leite (produzido na fazenda), açúcar e bicarbonato, o doce de leite segue uma receita original da família dos proprietários, seguida pela Dona Dina, a responsável, junto com outras 4 pessoas, por toda produção na cozinha, inclusive pelas sobremesas e doces da fazenda.

Mais que a receita e o modo artesanal, desde a ordenha das vacas, a grande diferença é a forma de fazer. O doce é feito em um tacho enorme que é levado ao forno à lenha, onde fica por aproximadamente 8 horas até chegar no ponto ideal de cozimento.

“O nosso doce de leite é o queridinho das sobremesas, feito artesanalmente, o mais pedido e o mais devorado depois de uma manhã repleta de atividades em meio à natureza”, diz nota sobre o doce no site oficial da Estância Mimosa. “É um dos sabores que vão ativar sua memória gustativa e transformar sua estada em Bonito na viagem dos sonhos”, enfatiza.

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