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Petróleo, a redenção para Mato Grosso do Sul

Por Benedito Rodrigues da Costa (*) | 27/09/2017 07:17

Um tema relevante que merece atenção do governo do estado, da assembleia legislativa e da bancada federal no Congresso Nacional, até porque se trata de um assunto que em futuro próximo, pode mudar a matriz econômica de nosso estado.

A Agencia Nacional do Petroleo, ANP, editou em abril desde ano a 14a Rodada de Licitações, divididas em 11 lotes, para pesquisa de petróleo em solo, na região da Bacia do Paraná, onde estão incluídos diversos municípios de nosso estado, iniciando pela região do bolsão, chegando até Campo Grande. Uma excelente notícia que enche de esperanças, quem sempre nutriu uma expectativa em relação a presença do ouro negro em nosso território.

Contudo, a frustação ficou por conta da não inclusão do município de Corumbá, onde há fortes indícios da existência de petróleo no solo pantaneiro, inclusive com vasto material transformado em acervo, que podem confirmar o trabalho de pesquisa levada a efeito no Distrito de Porto Esperança, onde uma perfuração, segundo os moradores da localidade afirmavam, jorrou um líquido negro, sendo que ali foi implantada uma torre metálica com cerca de 15 metros de altura, isto tudo, antes da eclosão da II Guerra Mundial, quando a atividade foi encerrada, tendo sua base lacrada por uma grossa câmara de concreto, tendo sido afixada uma placa metálica com a seguinte inscrição: Shel Oil Company. Após esse episódio, o local nunca mais foi visitado pelos pesquisadores.

O autor deste texto, residiu em Porto Esperança por cerca de cinco anos, quando ainda criança, e ficava intrigado não apenas com a torre metálica, como pelas histórias contadas por seus moradores que afirmavam utilizar daquele líquido negro, para combustível de suas lamparinas.

Conheci alí, o sr. Geraldino Martins de Barros, vereador pelo município de Corumbá, com mais de 10 mandatos, que sempre lutou pela volta da pesquisa no distrito, contudo, sem sucesso. Jamais esqueci daquele lugar, que éra o fim de linha da antiga Ferrovia Noroeste do Brasil, em tornando-me adulto, fui eleito vereador em Corumbá, onde continuei a luta encetada por Geraldino de Barros, e, frequentemente enviava correspondências às autoridades federais pedindo providências sobre o assunto.

Com a Rodada de Licitações aprovada pela ANP, o que se espera é que o Governador do Estado, a Assembleia Legislativa, a bancada Federal no Congresso, além da classe política de corumbá, se engajem em um movimento, instando providências junto ao Ministério de Minas e Energias, e consequentemente a ANP, requerendo a inclusão de corumbá e região nos lotes de pesquisa.

Para a consolidação desta matéria, e, para que seja encarada com o devido respeito, informo que há testemunhas vivas desse relato, entre os quais posso destacar o Dr. Cid Antunes da Costa, Advogado e Oficial da Reserva do ExércitoBrasileiro, hoje, com 88 anos de idade, o sr. Jorge Rodrigues da Costa, 75 anos, aposentado do sistema Telebrás, Sra. Alvacir Lourenço da Costa, 80 anos, aposentada, todos em pleno gozo de suas faculdades mentais que se colocam a disposição para falar sobre o assunto.

Economicamente falando, não existe no planeta um segmento de atividade mais lucrativo do que a exploração do petróleo, por isso, a motivação de toda a sociedade organizada do estado de MS., pois, de um resultado positivo das pesquisas a serem realizadas, poderá fazer com que em futuro próximo, a nova geração de políticos e administradores, poderão estar operando uma grande empresa com muita geração de emprego e renda, e, quem sabe, utilizando o nosso gasoduto para exportar o precioso líquido e seus derivados. Temos que acreditar sempre.

(*) Benedito Rodrigues da Costa é economista.

 

Os artigos publicados com assinatura não traduzem necessariamente a opinião do portal. A publicação tem como propósito estimular o debate e provocar a reflexão sobre os problemas brasileiros.

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