Só os fortes resistem às tempestades
A tempestade de terra que escureceu cidades de Mato Grosso do Sul em pleno meio de tarde na semana passada, com rajadas de vento superiores a 100 km/h, arrancando árvores, destelhando casas, derrubando grandes estruturas metálicas, provocando prejuízos econômicas e pavor em grande parte da população, obrigatoriamente nos remete a algumas reflexões importantes não apenas no lado material como também espiritual.
Do ponto de vista material, mostrou o quanto somos frágeis e despreparados para enfrentar fenômenos extremos da natureza. Em Campo Grande, por exemplo, a energia elétrica foi a primeira a cair e dias dias depois muitas regiões ainda estavam às escuras; muitos semáforos, da mesma forma, desligados ou apenas no amarelo; a internet, depois de mais de 24 horas do fenômeno, continuava com problemas, deixando milhares de pessoas e famílias simplesmente sem saber o que fazer sem as mídias sociais, filmes, jogos e programas da TV por assinatura, que fazem parte hoje da rotina da maioria das famílias.
Com o retorno da internet, muitas postagens sobre o fenômeno que encobriu a cidade. Nas gravações, viu-se também o desespero de pessoas que achavam que se tratava do fim do mundo.
Da janela de minha casa vi o desespero de pessoas nos apartamentos vizinhos. Alguns gritando de medo, outros benziam o corpo, boquiabertos e outros ajoelharam em oração.
E essa sensação que muitos sentiram, provocada pela fúria incomum da natureza, como se de fato o mundo viria desabar, creio que é o ponto de maior reflexão que todos deveríamos fazer.
Cabe então uma pergunta: E se de fato fosse mesmo o fim de tudo? Você estaria preparado? Como está sua vida espiritual? Estaria pronto para aceitar a morte com a tranquilidade de quem cumpriu bem o seu papel na vida? De a exercer de maneira digna, honrada e honesta, fazendo o melhor não apenas para si, mas para todos à sua volta?
Como você vive a vida? Ela está alicerçada nos mandamentos e ensinamentos de Deus? Amou-O acima de todas as coisas como Ele manda que façamos? Ou amou apenas o dinheiro, as coisas materiais, deixando de lado o mais importante que é o seu fortalecimento espiritual?
Nesses últimos tempos temos visto homens e mulheres se afastarem cada vez mais do Criador. A pandemia, que ceifou mais de 600 mil vidas no Brasil, e que juntou mais as famílias, por mais tempo no lar, mas não as uniu em amor e alegria, provocou um resultado altamente negativo, que pode ser constatado não apenas no elevado número de divórcios e separações, mas também no aumento da violência doméstica, especialmente contra a mulher, durante o período de pandemia. E isso certamente ocorreu devido ao afastamento do homem de Deus, pois somente Ele é capaz de promover e garantir o amor e a harmonia nos lares.
Além disso, todos aqueles que estabelecem suas vidas alicerçadas no Senhor, resistem muito mais que os outros, aos ventos e tempestades da vida. Não sucumbem às forças da natureza ou às forças espirituais. São muito mais resistentes e seguros do caminho que escolheram trilhar ao lado do Senhor.
Como vimos então, foram dois grandes momentos (pandemia e tempestade) em que o indivíduo e a família puderam sentir que o “fim do mundo” está mais próximo do que nunca. Despertou também o sentimento de que a segunda vinda de Cristo, que faz parte dessa etapa final, consequentemente também está próxima.
Que esses dois fatores sirvam para que reflitamos e mudemos de vida, deixando de contar apenas com nossas próprias forças e vontades. É tempo de buscar a Deus para uma vida com Ele, nos guiando para que possamos, ainda nesta vida, sentirmos o verdadeiro prazer e privilégio de viver em felicidade plena, além de nos tornarmos merecedores do maior presente do mundo: O direito de viver a vida eterna ao Seu lado e ao lado de nossos familiares.
(*) Wilson Aquino é jornalista e professor.