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Cidades

“Estamos mexendo com pessoas sem escrúpulos”, diz Reinaldo sobre milícia

Azambuja comentou revelação de que alvos do Garras e Gaeco teriam planejado matar "de picolezeiro a governador"

Anahi Zurutuza e Leonardo Rocha | 03/10/2019 09:32
Governador Reinaldo Azambuja comentou sobre reforço na própria segurança durante coletiva em Aquidauana (Foto: Paulo Francis)
Governador Reinaldo Azambuja comentou sobre reforço na própria segurança durante coletiva em Aquidauana (Foto: Paulo Francis)

Diferente da postura cautelosa que tomou na terça-feira (1º), quando se manifestou pelas primeira vez sobre a Operação Omertà, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) não economizou nas palavras nesta quinta-feira (3) durante entrevista coletiva em Aquidauana. “Estamos mexendo com pessoas sem escrúpulos”, disparou o chefe do Executivo estadual ao ser perguntado sobre se reforçou a própria segurança.

As prisões de Jamil Name e do filho, conhecido como Jamilzinho, apontados por investigação como líderes de milícia armada que atua em Mato Grosso do Sul, trouxe à tona suposto plano de execuções de desafetos da família. Nos autos dos pedidos de prisão e busca e apreensão, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) destaca diálogo atribuído a Jamil Name Filho e uma mulher, em abril do ano passado, no qual ele diz estar preparando “a maior matança da história do MS” e que os alvos são “de picolezeiro a governador”.

Reinaldo disse estar “muito tranquilo” e que é dever do Estado “enfrentar as organizações criminosas, pistolagem e milícias, apurando e punindo”. Mas, não negou estar preocupado com a segurança. “Existe toda uma precaução”.

Cortar na carne – O governador também não deixou de comentar o fato da milícia alvo da operação ter integrantes em quase todas as forças policiais. No que diz respeito ao Estado, ele garantiu que vai “cortar na própria carne”.

“Vamos excluir a banda pobre da polícia que trabalha para o crime organizado”, frisou. O chefe do Executivo completou dizendo que “ninguém está acima da lei”.

“A lei é para todos, existe uma investigação, uma operação que prendeu policiais que mostra que a nossa Corregedoria está funcionando”, comentou.

A Omertà, deflagrada na sexta-feira (27) pela Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo à Banco, Assaltos e Sequestros) e pelo Gaeco, prendeu três policiais civis da ativa: Márcio Cavalcanti da Silva, a Derf (Delegacia Especializada de Justiça e Segurança Pública), Frederico Maldonado Arruda, da Polinter (Delegacia Especializada de Polinter e Capturas) e Elvis Elir Camargo Lima, lotado no 1º DP de Ponta Porã. Os três já estão afastados dos cargos.

Dentre os presos, há também policiais aposentados, militar do Exécito, policial federal e guardas municipais.

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