A cada 3 testes feitos em MS, 1 dá positivo para covid
Menos testes têm sido feitos, mas casos confirmados de coronavírus continuam em alto patamar no Estado
No início de dezembro, a quantidade de novos casos confirmados de covid-19 em Mato Grosso do Sul já superava o pior índice registrado até então, nos meses de julho e agosto. Outro sinal preocupante é que os últimos dois meses têm registrado menor quantidade de testes feitos e mais casos confirmados.
A parcial de dezembro (até dia 21) de testes para a covid-19 feitos no Estado, mostra que, proporcionalmente, 34% dos exames se tratam de casos positivos, já que há 58.452 notificações e 19.620 casos. Ou seja, é preciso pouco menos de três testes feitos para que um seja positivo - essa é a maior taxa de positividade em todos os meses da pandemia.
Em julho, foram 72.634 exames incluídos em banco de dados epidemiológicos. Desses, aproximadamente 25% (17.924) eram casos positivos da doença - ou seja, uma em cada quatro pessoas que faziam teste estavam infectadas com o novo coronavírus.
Quatro meses depois, com redução na quantidade de testes feitos, há ainda mais casos positivos sendo registrados.
O mês de novembro teve 57.880 notificações, 25% a menos que julho, sendo que houveram 19.339 casos confirmados, aumento de quase 8% de pacientes infectados pelo vírus nesse período.
Crescimento - Levantamento feito pelo Campo Grande News comparou a quantidade de testes positivos em relação a quantidade de casos notificados pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), e constatou que a taxa de positividade tem crescido ao longo dos últimos nove meses.
Isso significa que - independentemente da quantidade de testes feitos - a covid-19 não apenas permaneceu em alto patamar, como tem sido ainda mais presente.
Mês a mês - Foram 558 notificações em março, primeiro mês da pandemia em Mato Grosso do Sul, sendo que apenas 41 eram positivos (taxa de positividade de 7%). No mês seguinte, abril, foram mais de 2,3 mil exames e quase 200 positivos (8%).
Em maio, com cerca de 9,2 mil testes, quase 1,6 mil foram confirmados (taxa de 17%). Em junho, a taxa de positividade foi para 22% já que eram mais de 34 mil testes e 7,7 positivos.
Em julho, eram 17,9 mil casos para 72,6 mil notificações (taxa de 25%), enquanto agosto teve 25 mil casos confirmados em meio a 89 mil exames (28%).
Setembro teve ainda maior proporção, já que foram mais de 18 mil testes positivos em meio a mais de 66 mil totais (28%). Já outubro teve redução na positividade, com quase 12 mil confirmados e mais de 47 mil notificações (25%).
Novembro teve quase 57,9 mil notificações e mais de 19 mil positivos e registrou a segunda maior taxa de positividade, conforme levantamento - 33% dos testes feitos davam positivo.