Água invade barracos no Jardim Noroeste e desespera moradores
Temporal que atingiu a cidade deixou residentes da comunidade Esperança até sem mantimentos básicos
As fortes chuvas que atingiram a Capital sul-mato-grossense nesta quarta-feira (4) deixaram moradores do Jardim Noroeste desesperados. A água invadiu os barracos, localizados na comunidade Esperança, e destruiu, além de roupas e sapatos, os poucos mantimentos básicos que os residentes armazenavam no local.
Bruno Monteiro, de 25 anos, revelou à reportagem que a situação é lamentável e a água chegou a bater na altura do joelho. O jovem mora com a esposa e mais dois filhos, de 1 ano e outro de 3.
“Moro aqui na comunidade, atrás do aterro. A lama desceu com chuva desde a Rua Vaz de Caminha até a BR. Como os barracos ficam bem na descida, a enxurrada desce no meio deles. Teve gente aqui que perdeu roupa, sapato, mantimentos. Sempre é assim, a mesma situação e o mesmo transtorno. Nessa vez foi o maior impacto, sempre teve, mas não dessa magnitude de perder as coisas. A gente não tem armário aí perdemos mantimentos básicos”, disse.
O vídeo enviado ao Campo Grande News mostra que a casa de uma moradora da comunidade com água na altura do joelho e outro que retrata a parte externa do local. De acordo com Bruno, seis casas estão na mesma situação. “Pelo que vi são seis, mas ao todo são 140 casas aqui. Quem não tem telefone a gente não tem acesso a como está”, pontuou.
A avó de Bruno, Maria Olga Vieira Coelho, de 65 anos, também teve a casa alagada e ficou nervosa com a cena. Bruno ressaltou que precisou retirar o aparelho celular da idosa e deixá-la deitada na cama. “Ela está nervosa, tem varizes expostas e a água suja pode ser perigosa, desceu até lacraia. Ela tem que ficar em cima da cama e fica agoniada porque não sabe o que tá acontecendo lá fora. Até tirei o celular dela pra ver se melhora a pressão”, disse.
Maria Olga, de 65 anos, mora há nove anos na comunidade Esperança, no Bairro Noroeste, e sofre com uma doença chamada úlcera varicosa nos dois pés e desvio de coluna, condições que impedem a idosa de se locomover por longas distâncias.
O Corpo de Bombeiros está a caminho da comunidade para orientar a população e averiguar os estragos.