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Cidades

Após confirmação de 2 variantes em MS, especialista sugere "mais controle"

Estudos apontam que variante P2 veio do Rio de Janeiro, mas é considerada menos letal que a P1, de Manaus

Guilherme Correia | 13/04/2021 16:50
Testes rápidos são realizados por profissional de saúde em Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)
Testes rápidos são realizados por profissional de saúde em Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)

O Lacen (Laboratório Central de Mato Grosso do Sul) confirmou dois casos de reinfecção pela variante P2 do coronavírus em pacientes sul-mato-grossenses. Um homem de Ladário, de 47 anos, e uma mulher de Fátima do Sul, de 19 anos.

Respectivamente, as variantes detectadas foram: B.1.1.33 e P2 no paciente, e B.1.1.40 e P2 na jovem. Os exames são de amostras coletadas em 2020 e foram realizados pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.

Ao Campo Grande News, o diretor-geral do Lacen, Luiz Henrique Ferraz Demarchi, explica que essa cepa é considerada menos letal que a P1, mas que gera preocupação por conta da alta transmissibilidade do vírus. "Quando começa a ter entrada de nova variante em determinada região é porque está tendo circulação, o que favorece surgimento de novas variantes".

"O ideal é quando não há tantas variantes e quando se tem situação controlada. Para isso, necessário ter organização da situação das pessoas, por meio de medidas sanitárias como distanciamento e proteção", ressalta.

Variantes - Conforme publicação do Instituto de Medicina Tropical da USP (Universidade de São Paulo) há quase mil variantes do coronavírus no mundo, sendo que o Brasil é responsável por cerca de 6% a 10% delas.

Apesar disso, imensa maioria já eram previstas, por se tratar de uma pandemia, mas algumas delas chamam a atenção por serem consideravelmente mais letais.

É o caso da P1, que teve origem em Manaus (AM), e é apontada por infectologistas como sendo mais forte que as demais. Conforme tem sido noticiado pelo Campo Grande News, ela tem impactado diretamente no aumento de óbitos de pacientes mais jovens, além da redução do tempo de internação e morte.

Em coletiva feita na segunda-feira (12), a secretária-adjunta da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Crhistinne Maymone, ressaltou presença já confirmada tanto da P1 como da P2, com origem no Rio de Janeiro, e mencionou que há estudos ainda inconclusivos sobre a P3 e P4 no País.

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