Barco que virou e matou 7 não tinha autorização para transporte turístico
Embarcação que virou em Corumbá era de propriedade particular e classificada como barco esporte e/ou recreio
A embarcação que naufragou com 21 pessoas durante a tempestade do último dia 15, no Rio Paraguai, em Corumbá, a 429 quilômetros de Campo Grande, não tinha autorização para transporte turístico. A informação é da Fundtur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul).
Em nota divulgada nesta sexta-feira (22), o diretor-presidente da fundação, Bruno Wendling, afirmou que a Fundtur está acompanhando e aguardando mais informações sobre os inquéritos instaurados pela Marinha do Brasil e Polícia Civil, mas esclareceu que a embarcação Carcará não era para transporte turístico.
“É importante esclarecer que a embarcação que sofreu o acidente era de propriedade particular e classificada na categoria: barco esporte e/ou recreio, transporte empregado exclusivamente para atividades não comerciais, regularizada pela Capitania dos Portos (Marinha), conforme regulamentação específica de segurança de navegação”, afirmou Bruno.
Wendling ainda destacou que a embarcação não tinha obrigatoriedade de ser cadastrada no Cadastur (Cadastro de Prestadores de Serviços do Turismo), justamente por não ser para transporte turístico. O responsável pela pasta também declarou solidariedade às famílias das vítimas e lamentou a morte dos sete homens.
A diretora-presidente da Fundação de Turismo de Corumbá, Elisângela Sienna da Costa Oliva, destacou também que a fiscalização das embarcações de transporte de turistas, segue critérios rigorosos de exigências, inspeção e controle pela Marinha e órgãos competentes como a Anvisa, Secretaria de Saúde Municipal e Agência Portuária Municipal.
“No dia do acidente, a prefeitura determinou que as secretarias e fundações ficassem à disposição das vítimas e familiares para prestarem assistência e apoio à Marinha. Prestamos toda assistência necessária. A prefeitura decretou luto de três dias, lamentamos o acontecido, uma fatalidade”, ressaltou Elisângela.
Ainda conforme a Fundtur, as investigações estão sendo realizadas pela Marinha do Brasil, órgão responsável pela fiscalização do trânsito das embarcações nas áreas fluviais, para apurar as causas do afundamento do barco, as condições que se encontravam a embarcação, “muito embora o fenômeno meteorológico anormal é considerado o como o principal causador do acidente”, finaliza a nota.