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Cidades

Com 15 mortes em 24h, média de sepultamentos na semana subiu para 11 ao dia

Uma das vítimas da doença ficou 100 dias internada em UTI

Ângela Kempfer | 24/07/2020 10:54
Trabalho de testagem em ônibus itinerante da prefeitura de Campo Grande. (Foto : Henrique Kawaminami)
Trabalho de testagem em ônibus itinerante da prefeitura de Campo Grande. (Foto : Henrique Kawaminami)

Como previsto ontem, nesta sexta-feira (24) Mato Grosso do Sul rompe a marca de 20 mil casos positivos de coronavírus e já soma 20.303 contaminados desde o início da pandemia. O boletim epidemiológico traz mais um número alto de mortes em 24 horas. São 15 óbitos, 5 deles em Campo Grande, onde entre as vítimas está paciente de 39 anos, sem comorbidades relatadas.

Na comparação com as semanas anteriores, os últimos 7 dias foram críticos em Mato Grosso do Sul, com média de 642 infectados ao dia, 26 por hora. Nas duas semanas anteriores, a média de casos por hora era de 21 pessoas e entre 14 e 17 de julho, o ritmo de contaminações a cada 60 minutos ficou em 17 testes positivos.

O avanço de mortes, também em comparação com as duas semanas anteriores, preocupa. Eram 5,5 sepultamentos dia, o número passou para 8 e nesta semana atingiu a  média de 11 sepultamentos a cada 24 horas.

"A gente aumentou a média diária e esses óbitos mostram que há muita circulação do vírus e não estamos nem perto de chega a algo que a gente possa ficar confortável", avaliou a infectologista Mariana Croda.

O secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, também participou da live desta quinta-feira e novamente reforçou que "lockdown é o fracasso de outras medidas que vieram antes. Mas se tiver de fazer, vamos ter de fazer".

A ocupação de UTIs é um dos principais indicativos para medidas mais severas. Hoje, são 190 pacientes em Unidades de Terapia Intensiva, do total de 408 internados no Estado. Ontem eram 179 em UTI, 11 a menos.

Na divulgação do boletim desta sexta-feira, a secretária -adjunta de Saúde, Christinne Maymone, destacou que u dos homens mortos pelo coronavírus ficou internado por mais de 100 dias, o que comprova o risco de superlotação e colapso na rede de atendimento.

Mortes - A Capital registrou cinco novos óbitos pela doença. Três mulheres, de 76, 81 e 56 anos, faleceram com o agravante de doenças no coração e pulmão.  Dois homens entraram no mapa fatal da covid-19, um de 71, e outro, de 39 anos, que não estava inserido em quaisquer grupos de risco. Agora a Capital tem 86 vítimas fatais nesta pandemia, média de 2,8 sepultamentos ao dia.

Corumbá, outro ponto de surto no Estado, registrou mais duas vítimas da covid: um homem, de 39 anos e uma mulher, de 71.

Homem, de 46, que não apresentava nenhuma comorbidade, também faleceu em Chapadão do Sul.

Duas mulheres, de 81 e 54, morreram em Aquidauana. Um homem, de 81, faleceu em Fátima do Sul. Outro homem, de 74, morreu em Angélica. Homem, de 80, não resistiu em Coxim. Uma mulher, de 94, faleceu em Terenos e um homem, de 51, em Bataguassu.

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