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Cidades

Comerciantes veem como positiva definição sobre o que é bacon

Regras em portaria do Mapa especificam que o produto denominado bacon é feito somente da barriga do porco

Gabriel de Matos e Natália Olliver | 01/03/2023 16:48
Açougueiro Johns Cândido segurando peça de bacon tradicional da barriga (Foto: Natália Olliver)
Açougueiro Johns Cândido segurando peça de bacon tradicional da barriga (Foto: Natália Olliver)

O Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) publicou nesta quarta-feira (1) portaria que define o que é bacon. Assim, produtores e revendedores devem se adequar e especificar de qual corte é retirado. A medida vale a partir de hoje e o prazo de adequação é de um ano.

As regras na Portaria nº 748 especificam que o produto denominado bacon é feito somente da barriga (panceta) do porco. Já o que é retirado do lombo, pernil ou paleta deve vir com a indicação no rótulo.

Na antiga regulação, qualquer corte suíno que fosse preparado da mesma forma que o bacon tradicional poderia vir com a denominação "estilo bacon" na embalagem. A lei também permitia o uso de músculos adjacentes, sem osso, acompanhados da expressão "especial" ou "extra" na embalagem.

A mudança foi aprovada pelos comerciantes e consumidores entrevistados pela reportagem do Campo Grande News. Além disso, os açougueiros analisam que o preço vai variar dependendo da demanda.

Fábio Inácio de Lima, de 45 anos, trabalha com frios no Mercado Municipal de Campo Grande. Ele ressalta ser algo positivo, porque os clientes vão saber exatamente o que estão levando para casa. "Pode haver um acréscimo no preço de cada tipo ou não. Vai de cada um se adequar. Para a clientela vai ser melhor, por saber o que está levando".

O comerciante ainda opina que não deve haver prejuízo e que cada cliente deve ver o corte que mais agrada para o bacon. "A maciez de cada tipo de bacon muda, mas em sabor não deve ter alterações".

Embalagem sinalizada como bacon extra com corte de paleta suína (Foto: Natália Olliver)
Embalagem sinalizada como bacon extra com corte de paleta suína (Foto: Natália Olliver)

O açougueiro Jonhs Cândido, de 33 anos, também trabalha no Mercadão. Ele explica que em geral as pessoas escolhem as peças na hora da compra. "Eles pedem a barriga, o lombo ou a papada para fazer o bacon. Varia de cliente para cliente".

Cândido não tinha conhecimento da nova portaria e avalia que o bacon tradicional com a panceta deve encarecer. "Provavelmente o corte tradicional será mais caro. Mas os clientes vão procurar saber o que são as outras partes".

O vendedor aposentado João Carlos Macanhão, de 65 anos, gostou da notícia. "É algo positivo, você vai comprar aquilo que está vendo na propaganda. Faziam o bacon de qualquer parte do corpo, agora vai ser normatizado. Eu gosto muito de carne de porco".

 Vendedor aposentado João Carlos Macanhão em mercado da Capital (Foto: Natália Olliver)
 Vendedor aposentado João Carlos Macanhão em mercado da Capital (Foto: Natália Olliver)

A nutricionista Ivone Krall, de 57 anos, destaca que é importante o consumidor saber que produto está levando para casa: "A parte da panceta é mais gordurosa. E o lombo é mais carne e mais caro normalmente porque é nobre.".

Vale explicar que o bacon é um processo de 'cura' da carne de porco, que foi salgada e defumada. Isso faz com que a carne dure por mais tempo e possa ser usada de formas variadas.

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