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Cidades

De 148 amostras suspeitas, só 28 são analisadas sobre variante do coronavírus

Secretaria diz que em 120 não foi possível fazer sequenciamento genético e 28 deram negativo para nova cepa

Tainá Jara | 24/02/2021 15:45
Amostras foram encaminhadas pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo (Foto: Divulgação/Prefeitura de Presidente Prudente)
Amostras foram encaminhadas pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo (Foto: Divulgação/Prefeitura de Presidente Prudente)

De 148 amostras enviadas por Mato Grosso do Sul com suspeitas de variantes do coronavírus, apenas 28 puderam ser analisadas. Todas deram resultado negativo para novas cepas da doença. Sobre as 120 restantes, a Secretaria de Estado de Saúde só informa que não foi possível fazer o sequenciamento genético, sem explicar por quais motivos a analise completa não ocorreu.

Mesmo com menos de 20% das amostras verificadas, a Secretaria avalia que Mato Grosso do Sul ainda está livre de variante do coronavírus, identificada no Amazonas.

O material, encaminhado para análise no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, em caráter de monitoramento, teve resultados negativos. Mas há outros três casos suspeitos do Estado, ligados a variante, que estão em análise no laboratório da Fiocruz, desde janeiro.

A partir deste mês, amostras também serão encaminhadas para Funed (Fundação Ezequiel Dias), em Minas Gerais, tornando o monitoramento mais eficaz.

De acordo com secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, é feito o monitoramento para verificar a chegada da variante, mas os resultados de novas amostras sempre devem demorar.

“Nós remetemos as primeiras amostras de casos suspeito à referência nacional. Sabemos que estes laboratórios estão sobrecarregados. É um processo moroso, chamado de sequenciamento genético. Então, é preciso ter paciência porque pode demorar semanas ou meses para um resultado definitivo. Assim, nós não temos a presença da cepa P1 em Mato Grosso do Sul”.

Para o diretor do Lacen/MS, Luiz Henrique Ferraz Demarchi, o laboratório de MS realiza semanalmente o controle de qualidade dos resultados. “Nós enviamos 148 amostras para sequenciamento genético no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Destas, recebemos o resultado de 28 amostras cujo os resultados foram negativos para a nova cepa”.

Nem todas as amostras encaminhadas responderam ao critérios necessários para passarem pela análise e, por isso, foram descartadas.

Devido ao congestionamento de exames que aguardam análise em São Paulo e para dar mais agilidade nos processos de monitoramento de possíveis casos no Estado, a SES por meio do Lacen/MS, deve encaminhar a partir deste mês, 43 amostras para a Fundação Ezequiel Dias (Funed).

“É uma parceria e as análises das amostras serão feitas pela equipe do pesquisador Luiz Alcântara. Isso vai nos dar mais celeridade nos resultados dos exames de monitoramento. As amostras não são de casos suspeitos e são de monitoramento da região de fronteira do Estado”, explica Luiz Henrique.

O pesquisador Júlio Croda, que auxiliou o Estado neste processo, explica que serão enviadas amostras com alta carga viral para a Funed e ressalta que é preciso estar vigilante quanto ao surgimento da nova cepa. “Nós precisamos ficar atentos, pois essa variante está perto e já se espalhou pelo interior de São Paulo. Então, a única forma da gente saber sobre a presença desta variante é testando".

Assim, a SES recomenda que a população continue fazendo o uso de máscara, mantenha o distanciamento físico, higienize às mãos com álcool 70% ou em gel. A orientação também vale para aquelas pessoas que já foram imunizadas no Estado.

(Matéria editada às 17h11, desta quarta-feira, dia 24 de fevereiro de 2021, para correção de informação)

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