Em MS, 39 cidades são pouco ou nada eficientes em saúde, educação e saneamento
Na Capital, 97% tem água tratada, 64% esgoto e 99% da população tem coleta de lixo
O Ranking da Eficiência, divulgado pelo jornal Folha de São Paulo, mostra o município de Fátima do Sul na liderança em Mato Grosso do Sul, enquanto Jaraguari ficou com a última colocação.
O REM-F (Ranking de Eficiência dos Municípios - Folha) leva em conta o atendimento das prefeituras nas áreas de saúde, educação e saneamento, tendo como determinante no cálculo de eficiência da gestão a receita per capita de cada cidade. Quanto mais serviços prestados com menos receita, maior a eficiência.
Para Fátima do Sul, a 239 km de Campo Grande, o resultado foi de 0,657, que coloca o município no rol dos “eficientes”, inclusive, o único com essa classificação em todo o Estado. A ferramenta parte de uma escala de 0 a 1, em que o pior município atinge 0,220 (Bagre/PA) e o melhor chega a 0,769 (Botucatu/SP).
O desempenho de Fátima do Sul, com população de 20.609 (ano de 2022) no estudo, leva em consideração total de crianças na escola: 54,79 % até 3 anos e 100% na faixa etária de 4 a 5 anos. Os domicílios são cobertos por atenção básica de Saúde, com média de 1,19 médico por mil habitantes.
No saneamento básico, a cobertura de atendimento de água é de 88%, coleta de lixo atende 95% e 24% com rede de esgoto. O estudo mostra receita de R$ 15.662.626 e PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 648.924.585.
Na “lanterna”, surge Jaraguari, a 47 km de Campo Grande. O município alcançou apenas 0,321. Portanto, cidade ineficiente. Jaraguari não tem cobertura de esgoto. Na distribuição de água, o total atendido é 58%. A coleta de lixo chega a 46%. No quesito educação, apenas 22,83% das crianças até 3 anos estão na escola.
A média é de 1,78 médico por mil habitante, mas apenas 61% dos domicílios são atendidos por atenção básica. O município tem 341 servidores públicos, receita de R$ 64.072.541 e PIB de R$ 378.029.455.
"Somente tratamento de esgoto está certo. O restante nada condiz com a realidade de Jaraguari. Teve muito desenvolvimento nos últimos oito anos em nossa cidade", afirma o prefeito Edson Nogueira (PSDB).
De acordo com chefe do Poder Executivo, os dados utilizados pela Folha de São Paulo são do ano de 2016. “Até a quantidade de funcionários é de 2016. A Saúde é a sétima melhor de MS. A cobertura de água e coleta de lixo é de 100% na área urbana. A aplicação em educação é de 35%. Temos vagas em escolas e creches para 100% das crianças. E são 430 funcionários públicos”, afirma.
Capital - No cenário estadual, Campo Grande aparece na nona colocação. O resultado foi de 0,573. Portanto, cidade com alguma eficiência. Na educação, 36,15% das crianças até 3 anos têm acesso a ensino. Na faixa etária de 4 a 5 anos, o total sobe para 92,89%. A média é de 4,8 médicos por mil habitantes, com cobertura de 69% dos domicílios com rede de atenção básica.
No saneamento, os números do levantamento mostram 97% da população com atendimento de água, 64% com cobertura de esgoto e 99% com coleta de lixo. No quesito esgotamento sanitário, o índice está bem abaixo dos dados mais recentes: 93%.
A Capital tem 28.306 servidores, receita de R$ 4.924.896.552 (em 2022) e PIB de R$ 34.731.151.045.
A reportagem solicitou informações à Prefeitura de Campo Grande sobre os dados e aguarda retorno. O Campo Grande News não conseguiu contato com a prefeita de Fátima do Sul, Ilda Machado.
Matéria alterada no dia 5 de setembro para acréscimo de dados fornecidos pela Prefeitura de Jaraguari.
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