Entidade encaminha e orienta estrangeiros que estejam "perdidos" na Capital
Em todo ano de 2020, 920 migrantes foram atendidos por centro de apoio do Governo do Estado; maioria foi de venezuelanos
Com 920 atendimentos em 2020, a CADH (Centro de Atendimento em Direitos Humanos) atende desde 2016 migrantes que chegam a Mato Grosso do Sul e desejam emprego, abrigo ou documentação. Venezuelanos e haitianos estão entre o público mais recebido.
A Sedasth (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho), que mantém o centro, informa que lá é feito encaminhamento à Polícia Federal, para que migrantes possam emitir a Carteira de Registro Nacional Migratória (CRNM).ç
No local ainda é realizada a busca por empregos via Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul) e até orientação para ter acesso aos alojamentos em Campo Grande, que são administrados pela prefeitura municipal.
Responsável por esse atendimento, Vânia de Souza Almeida, que é coordenadora do Caorc (Coordenadoria de Apoio aos Órgãos) explica que nos primeiros anos de funcionamento do local, maioria dos atendimentos eram a haitianos. Hoje, é de venezuelanos.
“Temos o contato direto com os órgãos municipais e no caso das pessoas não terem onde dormir, fazemos este encaminhamento por exemplo aqui em Campo Grande, onde tem três locais disponíveis mantidos pelo município”, destacou.
A coordenadora ponderou que o migrante não precisa passar pelo Centro para ter acesso a estes serviços (documento, emprego e alojamentos), podendo ir diretamente aos órgãos responsáveis, mas que o local serve como uma base de “orientação” a esse público, que não tem conhecimento de como proceder nestes casos. “Já orientamos até sobre como fazer as matrículas dos filhos nas escolas locais”.
O CADH fica na Rua Marechal Cândido Mariano, 713, em Campo Grande.