Estado deve registrar 600 novos casos de câncer colorretal até dezembro
Homens são os mais propícios a desenvolver doença, segundo estatística do Inca
Estimativa do Inca (Instituto Nacional do Câncer) aponta que Mato Grosso do Sul deve registrar 600 novos casos de câncer colorretal em 2023. O levantamento, divulgado na última sexta-feira (10), aponta que 55 sul-mato-grossenses deverão receber o diagnóstico da doença por mês, até o final do ano.
O instituto estima que homens irão representar 51,67% dos casos no Estado. Essa é a terceira maior incidência entre as neoplasias malignas, superada apenas pelos números do câncer de mama e próstata.
Segundo o médico oncologista Henrique Guesser, diversos fatores podem resultar no aparecimento da doença. “Idade, histórico familiar da doença, tabagismo, consumo de álcool e sedentarismo são alguns fatores de risco para o câncer colorretal. É preciso evitar a dieta ocidental, em que há muito consumo de alimentos processados e ultraprocessados, gordura, pouca fibra", pontuou.
O especialista alerta para os sinais e sintomas no câncer de intestino. “O principal sintoma é a presença de sangue vivo nas fezes de forma repetitiva, seja diariamente ou de modo intermitente, dia sim e dia não”.
Apesar da incidência de casos e de mortes significativa, o câncer de intestino apresenta elevados percentuais de cura se descoberto e tratado precocemente. “O ideal é que as pessoas comecem a fazer o exame de colonoscopia a partir dos 45 anos”, disse o médico.
Descoberto o câncer no estágio inicial, a possibilidade de cura é elevada. “A chance é de mais de 90% e sem necessidade de se fazer a quimioterapia”.