Ex-moradoras da Capital relatam susto com terremoto em Portugal
Uma delas vive em Lisboa, a outra, no Porto; evento foi inesperado
A advogada Silvana Lübe, 40, saiu de Campo Grande (MS) para morar em Lisboa, Portugal, há um ano e meio. Nesta madrugada (26), ela foi acordada pela situação mais inesperada que viveu até agora como imigrante no país europeu: o terremoto de 5,3 na escala de Richter, de acordo com mediação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, divulgada pela Agência Brasil.
"Nunca passei por isto, nunca em Lisboa e nenhum outro lugar do mundo. Foi mesmo algo inédito", diz.
Silvana conta que estava dormindo e acordou às 5h11 (horário de Lisboa) com a cama balançando e achou estranho. "Mas não consegui pensar em nada porque nunca imaginei que algo pudesse se mexer sozinho daquele jeito", relata.
Ela acredita que a sensação de tremor durou entre 10 e 15 segundos. Nesse intervalo de tempo, foi surpreendida por gritos do marido da amiga. Ela mora com o o casal no sexto andar de um prédio localizado a 300 metros do Rio Tejo.
"Olhei para o lustre do quarto para ver se mexia, mas não consegui enxergar porque ainda estava escuro. Foi quando, de repente, o marido da minha amiga abriu a porta do meu quarto aos berros, dizendo que era um terremoto", continua.
A advogada diz que a amiga não sentiu nada. "Só soube quando foi acordada pelo marido", fala.
Acordada pela filha - A jornalista Juliana Feliz, 46, também morava em Campo Grande. Mudou-se para Portugal há cinco anos e atualmente vive com a família no Porto, cidade que fica cerca de 300 quilômetros distante de Lisboa.
Ela não chegou a sentir o tremor, mas a filha Mariana, de 19 anos, sim. A jovem avisou os pais. "Disse que acordou com a cama tremendo. Ela relatou e fomos aos jornais para ver o que havia acontecido", diz.
Mariana foi a única que sentiu. A mãe, o pai e as duas irmãs não sentiram. Eles moram em um sobrado.
Juliana conversou com amigos sobre o evento. Eles relataram ter percebido o tremor no mesmo horário que a advogada Silvana, às 5h11.
Mais de 50 anos - A Proteção Civil portuguesa declarou que o abalo foi o mais forte sentido em Lisboa desde 1969 e que ele teve três réplicas: "a primeira de 1,2 escola de Richter, 1,1 a segunda e a terceira de 0,9", ainda segundo a Agência Brasil divulgou.
Nota da presidência de Portugal confirma não haver feridos nem danos expressivos.
Comandante da Proteção Civil, André Fernandes afirmou que a intensidade do tremor não está dentro dos critérios para acionar plano especial de ação no país. Eles só são acionados quando o fenômeno atinge 6,1 de magnitude.
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