Falta de segurança assusta passageiros no Terminal Rodoviário
Pessoas que trabalham no local também estão preocupados com cenas de violência na estação
Passageiros e quem trabalha no Terminal Rodoviário de Campo Grande relatam falta de segurança no local. Reações de pessoas em situação de rua e dependentes químicos geram medo em quem frequenta a Estação. O taxista Felipe Augusto conta que presenciou três "andarilhos" coagirem um passageiro que esperava por um ônibus: “Vi que eles estavam no canto, achei que eles iriam assaltar ele. Liguei pra guarda e eles falaram 'aconteceu algo? Se acontecer você me liga'”.
O taxista disse que o problema também acontece na parte externa do Terminal: “Começa a ficar aí sentado. Eles furtam aqui na frente da rodoviária, ali na parte do ponto. Pelo menos não vi, mas na parte de dentro do terminal não”.
“Eu sou novo mais já sei dos problemas de lá, conversando com os mais velhos taxista eles me falaram que antes havia dois agentes da Guarda, que faziam muito bem o trabalho deles, até eles serem transferidos do local, pois acredito que incomoda muito os que estavam errados, hoje os guarda aparece só pra dormir e não fazem fiscalização. Nosso maior problema é a fiscalização que não tem na rodoviária”, complementa.
Outro relato - Uma mulher, de 49 anos, que prefere não se identificar, entrou em contato com Campo Grande News dizendo que foi até a Estação Rodoviária da Capital buscar uma família vinda do Acre, quando se deparou com uma briga no terminal.
“Eles estavam brigando, não sei se estavam bêbados ou drogados, um não conseguia reagir, e o outro socando e chutando bem agressivo, não tinha um segurança. Além claro de pessoas pedindo dinheiro”, detalha.
“Quando cheguei na rodoviária, não reconheci mais aquele ambiente das épocas de inauguração, tipo 'aeroporto', que transmite um lugar tranquilo, sociável e seguro. Me lembrou e muito a rodoviária antiga. Fiquei muito envergonhada com a família que acabou de entrar na cidade e se depara com tudo isso”, finaliza em tom de preocupação.
Resposta - A reportagem procurou a Guarda Civil Metropolitana (GCM) para saber como a segurança do local é feita. A Guarda respondeu que a rodoviária tem uma viatura e dois agentes 24 horas por dia: “Saem para atender em caso de ocorrência com um agente de trânsito. São realizadas rondas internas no terminal rodoviário. Quando as demandas chegam via 153 a equipe atende”.
Sobre a presença de pessoas em situação de rua e dependentes químicos que estariam tendo reações que geram insegurança e medo, a Guarda Municipal reconhece: “Andarilhos existem e a GCM trabalha de forma preventiva. Quando feita denúncia sobre usuários, continuam ações preventivas e de orientação, caso precisem atender andarilhos, tirar do local é acionada a SAS”, comentou, referindo-se à Secretaria de Assistência Social.