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Cidades

Governo federal tem 146 obras paralisadas em MS, aponta TCU

Ao todo, há 497 obras em andamento no Estado, mas parte está paralisada por falta de repasse ou licitação

Guilherme Correia | 02/12/2022 12:18
Obra do Centro de Belas Artes, no Bairro Cabreúva, em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Obra do Centro de Belas Artes, no Bairro Cabreúva, em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

De 497 obras federais em andamento em Mato Grosso do Sul, 146 estão paralisadas, segundo dados do TCU (Tribunal de Contas da União) consultados nesta sexta-feira (2). O total equivale a cerca de R$ 2,21 bilhões de investimentos. Entretanto, o orçamento da União em obras paralisadas equivale a R$ 328,15 milhões.

As obras seguem sem andamento por atraso no repasse federal, mas também por problemas nos contratos e nos gestores. A maior parte (48 obras) é de empreendimentos na área da educação, como escolas, creches e universidades. Outras 20 são de infraestrutura, 13 de esportes, 12 da saúde, nove do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), sete de turismo, quatro de agricultura e uma de saneamento.

Uma das obras é a construção do Centro de Belas Artes, travada por conta de falta de licitação, que possui investimento de R$ 8 milhões, na Avenida Ernesto Geisel com a Rua Plutão. Projeto nasceu em 1991, inicialmente para ser a nova rodoviária de Campo Grande. A execução se arrastou por 16 anos, quando foi replanejado que fosse prédio cultural. Desde então, passou pela mão de diversas gestões, mas sempre sem sucesso.

Outros empreendimentos em Campo Grande também estão parados, como a reforma no Ginásio Moreninho (R$ 2,3 milhões), construção da Praça da Juventude (R$ 1,8 milhão) e de UBS (Unidade Básica de Saúde) no Jardim Perdizes (R$ 1,3 milhão), além de centro cirúrgico na Santa Casa (R$ 11,6 milhões).

Execução dos serviços referentes ao programa Crema na Rodovia BR-262, em Anastácio, teve investimento de R$ 24 milhões, mas segue inacabada. O empreendimento começou em 2011, quando o Dnit deu início à recuperação e implantação de acostamentos no trecho entre Aquidauana e Anastácio até Corumbá e Ladário.

Entretanto, segundo o ITTI (Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura) da UFPR (Universidade Federal do Paraná), em dezembro do mesmo ano, a construtora responsável pela restauração do pavimento encerrou suas atividades sem concluir o trabalho e ainda restam 11 quilômetros de rodovia a serem recuperados. O Dnit já fez uma nova licitação.

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